Empresário que já foi o homem mais rico da China condenado nos EUA por fraude

Guo Wengui, um empresário chinês autoexilado nos EUA e que já foi considerado o homem mais rico da China, foi condenado na terça-feira por fraude massiva, que se prolongou por anos e afetou muitos dos seus apoiantes.

por Nelson Moura

As suas críticas ao Partido Comunista Chinês granjearam-lhe legiões de seguidores nas redes sociais e amigos poderosos no movimento conservador norte-americano. Detido em Nova Iorque, em março de 2023, Guo foi acusado de promover uma série de negócios fraudulentos, desde 2018.

Ao longo de sete semanas de julgamento, foi acusado de enganar milhares de pessoas que investiram em projetos fictícios, usando o dinheiro para manter um estilo de vida luxuoso. Guo deixou a China em 2014, durante uma campanha anticorrupção que envolveu pessoas das suas relações, incluindo um dirigente dos serviços de informações.

As autoridades chinesas acusaram-no de violação, rapto, corrupção e outros crimes, mas Guo disse que as acusações eram falsas. Adiantou que estas acusações eram feitas para o punir por revelar publicamente a corrupção na China, através das suas críticas a dirigentes do Partido Comunista.

Depois, solicitou asilo político nos EUA; mudou-se para um luxuoso apartamento, com vista para o Central Park, e entrou para o clube de golfe de Donald Trump, em Mar-a-Lago, no Estado da Florida. A viver em Nova Iorque, Guo desenvolveu uma relação de proximidade com o ex-estratega político de Trump, Steve Bannon.

Em 2020, Guo e Bannon anunciaram uma iniciativa conjunta para derrubar o governo chinês. Os procuradores avançaram que centenas de milhares de investidores foram convencidos a aplicar mais de mil milhões de dólares em entidades controladas por Guo.

Plataforma com Lusa

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