O governo chinês anunciou recentemente que a partir de 10 de julho irá passar a conceder autorizações de viagem de 5 anos com múltiplas entradas no interior da China a residentes permanentes não-chineses de Hong Kong e Macau, de maneira a encorajar as viagens e as interações comerciais na Área da Grande Baía.
Em comnetários à Macau News Agency, Keith Buckley, presidente da Câmara de Comércio Britânica em Macau, considerou a iniciativa “boas notícias para o desenvolvimento de Hengqin e da Grande Baía”. No entanto, Buckley acredita que o impacto económico possa ser limitado, uma vez que muitos titulares de cartões de identificação permanente provavelmente não são profissionais de negócios.
“É uma iniciativa muito boa, mas pode não ter um grande impacto económico, pois muitos titulares de cartões de identificação permanente provavelmente não são empresários”, disse Buckley à Agência Noticiosa de Macau.
Buckley também expressou preocupação de que a nova política de viagens possa ter um impacto ainda maior nas pequenas e médias empresas nos sectores da alimentação, bebidas e retalho de Macau, uma vez que a redução de obstáculos fronteiriços pode atrair mais consumidores para o outro lado da fronteira.
Rutger Verschuren, que lidera a Câmara de Comércio França-Macau, disse que a iniciativa abrange aqueles que procuram participar em futuros eventos em Zhuhai ou Hengqin, bem como aqueles com parceiros na China continental.
“Às vezes, os seus parceiros na China continental não conseguem vir facilmente a Macau, e isso é um obstáculo para nós, residentes permanentes não-chineses”, explicou Verschuren. “Além disso, os nossos colegas chineses, vindos do continente, não precisam de visto, o que é uma grande vantagem.”
Billy Chan, presidente da Câmara de Comércio Australiana em Macau, descreveu o novo anúncio como “uma notícia entusiasmante”, afirmando que os residentes “poderão ir e vir para fazer os seus negócios, visitar amigos ou realizar intercâmbios académicos”.
Carlos Cid Alvares, presidente da delegação de Macau da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-China, vê a iniciativa como um “maior incentivo” para o aumento de investimentos, viagens, negócios e intercâmbios entre a China continental e Macau.
