A semana de quatro dias pode funcionar em todos os setores, sendo as mulheres e os trabalhadores com salários e qualificações mais baixas os mais beneficiados. A conclusão é do relatório final do projeto-piloto que hoje é apresentado, destacando que, em geral, os trabalhadores com formação académica superior “têm acesso ao teletrabalho e maior autonomia na gestão das suas horas” e que os que auferem mais de 1100 euros “têm mais recursos para adquirir tempo livre, seja contratando empregados domésticos ou encomendando refeições já preparadas”. O estudo envolveu 41 empresas e mais de mil trabalhadores. Destas, só quatro regressaram ao modelo da semana de cinco dias no final do teste.
“A semana de quatro dias é uma prática de gestão legítima e viável que proporciona benefícios operacionais às empresas, como melhor ambiente de trabalho, redução do absentismo e aumento da atratividade no mercado de trabalho”, pode ler-se no relatório a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso. No entanto, reconhecem os investigadores Pedro Gomes, da Birkbeck – Universidade de Londres, e Rita Fontinha, da Henley Business School, esta é uma mudança que, para ser bem-sucedida, requer uma “reorganização profunda”.
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