«Estamos totalmente disponíveis para trabalhar com a RAEM no processo de internacionalização e diversificação em curso. Conhecemos Macau como ninguém, conhecemos o mundo como poucos, as comunidades portuguesas são ordeiras, bem integradas e altamente produtivas, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento económico e a paz social em todos os países onde nos encontramos», disse.
O cônsul-geral de Portugal em Macau e em Hong Kong fez depois uma referência ao relacionamento de séculos de Portugal com a China. «Durante séculos, estivemos por aqui. Fomos úteis à China e continuamos a ser. A China foi-nos útil e continua a ser», notou.
Após a criação da RAEM, «mantivemos uma parceria frutuosa, os portugueses foram essenciais à capacitação e ao desempenho da Administração e do sector privado de Macau. E Macau reconheceu-o, acolhendo-nos em condições especiais. Hoje, Macau tem de se internacionalizar e competir com outras praças de atracção de investimentos e profissionais qualificados. Tem de contar com quem conhece o mundo e, em particular, os países lusófonos», sustentou.
No início da década anterior, a China, reconheceu Alexandre Leitão, «foi importante num momento de grave crise em Portugal e abrimos as portas ao investimento chinês, de um modo ímpar no Ocidente. Essas decisões de confiança mútua consolidam uma relação antiga, mutuamente respeitadora e sólida, que está acima dos episódios de circunstância. Num momento em que ambas as economias têm de se internacionalizar ainda mais, a evidência aponta as vantagens da parceria. Conhecemo-nos, somos família. Somos portos de abrigo um do outro. Mediadores e plataformas dos dois lados do continente eurasiático, ligados pela história, a língua, a cultura, a gastronomia e muito mais».
A terminar, o cônsul-geral de Portugal em Macau e em Hong Kong referiu-se às comemorações dos 25 anos da RAEM. «É com muito gosto que participamos na celebração dos 25 anos da Região Administrativa Especial. Agradecemos a sua abertura e a vontade demonstradas de nos associar a umas comemorações que, sem esquecer nem desvalorizar futilmente o passado, devem olhar para o futuro com esperança na continuação de uma relação fraterna entre os nossos povos», afirmou, sublinhando que «acreditamos na pertinência das nossas propostas e estamos certos do valor dos nossos compatriotas, os que aqui nasceram, os que já cá estão e os que estão para chegar».