Detidos 49 foragidos no Brasil por ligação ao golpe de 2023 contra Lula

A polícia brasileira deteve ontem 49 fugitivos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 08 de janeiro de 2023 contra o Presidente Lula da Silva, anunciaram as autoridades num novo balanço.

por Nelson Moura

A Polícia Federal, em comunicado, disse ainda estar à procura de 159 pessoas por incumprimento de uma série de medidas cautelares impostas pela Justiça.

Durante a manhã, as autoridades anunciaram 38 detenções, número que subiu agora para 49, nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Brasília.

As deteções fazem parte de uma operação da Polícia Federal contra 208 investigados e condenados ligados à invasão violenta das sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência do Brasil, considerados foragidos da justiça.

A instituição afirmou, em nota, que os acusados “descumpriram deliberadamente ordens judiciais ou fugiram para outros países”, desrespeitando a aplicação da lei penal brasileira.

Os agentes ainda estão nas ruas para deter “outros 159 condenados ou sob investigação” dos ataques a Brasília, em que milhares de radicais tentaram forçar uma intervenção militar para devolver o ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder.

Bolsonaro, que governou entre 2019 e 2022 e nunca reconheceu a vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais desse ano, está a ser investigado por tentativa de golpe de Estado, no âmbito de um julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Os agentes ainda estão nas ruas para deter “outros 159 condenados ou sob investigação” dos ataques a Brasília, em que milhares de radicais tentaram forçar uma intervenção militar para devolver o ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder.

A polícia alega que o então presidente teria elaborado decretos para anular o resultado das eleições de 2022, vencidas por Lula da Silva por uma margem estreita, como parte de um plano para se manter no poder, que chegou a envolver a prisão de altas autoridades do país.

Com isso, os réus pretendiam, segundo os autos do processo, impedir a posse de Lula da Silva, que acabou por acontecer em 01 de janeiro de 2023. O capitão da reserva do exército sempre negou qualquer ligação com o alegado plano de golpe e declarou-se vítima de uma “perseguição judicial”.

Plataforma com Lusa

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