A Polícia Federal, em comunicado, disse ainda estar à procura de 159 pessoas por incumprimento de uma série de medidas cautelares impostas pela Justiça.
Durante a manhã, as autoridades anunciaram 38 detenções, número que subiu agora para 49, nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Brasília.
As deteções fazem parte de uma operação da Polícia Federal contra 208 investigados e condenados ligados à invasão violenta das sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência do Brasil, considerados foragidos da justiça.
A instituição afirmou, em nota, que os acusados “descumpriram deliberadamente ordens judiciais ou fugiram para outros países”, desrespeitando a aplicação da lei penal brasileira.
Os agentes ainda estão nas ruas para deter “outros 159 condenados ou sob investigação” dos ataques a Brasília, em que milhares de radicais tentaram forçar uma intervenção militar para devolver o ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder.
Bolsonaro, que governou entre 2019 e 2022 e nunca reconheceu a vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais desse ano, está a ser investigado por tentativa de golpe de Estado, no âmbito de um julgamento no Supremo Tribunal Federal.
A polícia alega que o então presidente teria elaborado decretos para anular o resultado das eleições de 2022, vencidas por Lula da Silva por uma margem estreita, como parte de um plano para se manter no poder, que chegou a envolver a prisão de altas autoridades do país.
Com isso, os réus pretendiam, segundo os autos do processo, impedir a posse de Lula da Silva, que acabou por acontecer em 01 de janeiro de 2023. O capitão da reserva do exército sempre negou qualquer ligação com o alegado plano de golpe e declarou-se vítima de uma “perseguição judicial”.
Plataforma com Lusa