Diário de um jornalista em Jiangsu

Uma delegação de jornalistas de língua portuguesa e inglesa locais esteve em Jiangsu, de 23 a 27 de maio, visitando três cidades a convite do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau e do Governo Provincial de Jiangsu. O objetivo foi conhecerem o desenvolvimento da província, a sua cultura, e oportunidades de cooperação com a RAEM. O PLATAFORMA partilha os seis destaques da viagem, incluindo locais turísticos, parques industriais e museus

por Gonçalo Lopes
Guilherme Rego

NANJING

RIO QINHUAI

O Qinhuai é o principal rio da cidade de Nanjing, na província de Jiangsu, no leste da China, com cerca de cinco quilómetros de comprimento. Nos últimos anos, o distrito de Qinhuai tem integrado negócios, cultura e turismo, mobilizando recursos de lazer, gastronomia e compras. A China classificou este local cénico com a categoria 5A, a mais prestigiada entre os destinos turísticos do país. Talvez por essa razão a afluência de turistas domésticos foi enorme quando a delegação por lá passou. Os projetos locais enriquecem a vida noturna de moradores e turistas, e estimulam o consumo na cidade. É uma autêntica viagem no tempo, a partir do momento em que se entra nos barcos tradicionais. No passeio pelo rio, o espetáculos de luzes torna a experiência mais enriquecedora.

TORRE DE PORCELANA

A Torre de Porcelana de Nanjing foi construída durante a época do Imperador Yongle (1402–1424), no século XV. Quando foi descoberto pelo mundo ocidental, o pagode foi listado pelos viajantes europeus como uma das Sete Maravilhas do Mundo. Na década de 1850, a Rebelião Taiping atingiu Nanjing e os rebeldes tomaram o controlo da cidade, destruindo a torre por completo. Em 2010, Wang Jianlin, empresário chinês, financiou a sua reconstrução. Foi a maior doação pessoal já feita na China. Em dezembro de 2015, a réplica moderna e o parque em seu redor foram abertos ao público. A Torre de Porcelana de Nanjing está junto ao Grande Templo Bao’en, onde se pode ver um vídeo com o antigo pagode nos seus tempos de glória, bem como as escavações e objetos encontrados no local.

WUXI

YADEA

A Yadea é a empresa líder mundial no fabrico de motos e bicicletas elétricas. Fundada em 2001, especializou-se na pesquisa, desenvolvimento, produção e venda de veículos de duas e três rodas. O foco está na mobilidade urbana; e em Suzhou – cidade que a delegação visitou posteriormente – era visível o impacto da Yadea no dia a dia da população. Atualmente, está presente em mais de 100 países, com mais de 40.000 pontos de venda, tendo também 1.900 patentes registadas. A delegação teve a oportunidade de testar alguns dos veículos à venda.

NANSHAN INTERNET OF VEHICLES TOWN

É uma vila da província que está a servir de ensaio para um projeto único. Esta é uma zona piloto para veículos inteligentes, que não necessitam de qualquer intervenção humana na condução. Foi explicado à delegação que, através de uma série de sensores e câmaras instaladas ao longo da vila, os veículos têm acesso a informação em tempo real de sinais de trânsito, veículos nas proximidades, e locais em obras. Por outro lado, estão a ser estudados métodos que permitam dar prioridade a ambulâncias, em percursos de emergência. Os dirigentes projetam a introdução destes veículos em Wuxi para daqui a dez anos.

SUZHOU

BAIRRO DE PINGJIANG

Situado no canto nordeste da antiga cidade de Suzhou, o bairro histórico de Pingjiang é o local de proteção histórica e cultural mais típico e melhor preservado da zona antiga da cidade. Pequenas pontes de pedra ligam ruas separadas por canais de água. Este bairro reúne relíquias históricas e espaços de cultura, como o Museu de Ópera Chinesa Kunqu, registos de um grupo de literatos, eruditos refinados, altos funcionários e nobres que viveram no bairro. Ainda hoje os seus habitantes mantêm um estilo de vida tradicional.

JARDIM DO LEÃO

Belo exemplar dos jardins clássicos de Suzhou – pelas rochas que se assemelham a leões – o Jardim do Leão foi inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, em 2000; e classificado como relíquia cultural de importância nacional, em 2006.
No segundo ano do reinado de Zhizheng, da dinastia Yuan (1342 d.C.), os discípulos do famoso abade budista Weize angariaram fundos para construir o Jardim do Leão, que ostenta cadeias de rochas labirínticas, artisticamente construídas com as camadas superior, intermédia e inferior de calcário, num total de 21 grutas e nove caminhos sinuosos. Curiosamente, o Jardim Lou Lim Ioc, em Macau, também possui características semelhantes, e é ali mencionado.

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