Macau recebeu mais turistas no primeiro trimestre deste ano, mas as despesas per capita desceram face ao ano passado
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No primeiro trimestre de 2024, o número de entradas em Macau aproximou-se dos 9 milhões de visitantes (8.875.757); o que representa mais 79,4 por cento quando se comparam estes dados com os do primeiro trimestre de 2023. Contudo, este crescimento, exponencial em termos homólogos, ainda não se aproxima dos mais de dez milhões de visitantes que entraram na Região em 2019; nem se nota ainda qualquer tendência para a desejada inversão da curta duração das estadias. Aliás, o período médio de permanência dos visitantes foi de 1.2 dias – em linha com o que já se verificava em 2019; e menos 0.1 dias do que no período homólogo do ano passado.

por Gonçalo Lopes

No fim do primeiro trimestre deste ano, o número de entradas de visitantes que chegaram a Macau por via de excursões havia ascendido a 481.793; aqui sim, um enorme crescimento em termos anuais – mais 329,9 por cento; o que dá também uma noção da grande perda em relação aos vistos individuais. Pelos dados colhidos até finais de março deste ano, no mercado local competem agora 141 estabelecimentos hoteleiros com serviços de alojamento abertos ao público, disponibilizando um total de 46.634 quartos de hóspedes. A taxa de ocupação média desses estabelecimentos, neste primeiro trimestre, foi de 84,8 por cento; o que representa um crescimento de mais 9,9 pontos percentuais em termos anuais, com um número de hóspedes a ascender a 3.778.963 – mais 39,7 por cento.

Já no que toca à receita que deixam em Macau, a despesa total dos visitantes (excluindo a despesa no jogo) cifrou-se em 20.35 mil milhões de patacas, durante os primeiros três meses deste ano; um crescimento de 35,9 por cento face ao período homólogo de 2023. Contudo, a despesa per capita desses mesmos visitantes não passou das 2.293 patacas, o que corresponde a uma queda de 24,3 por cento em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Já o Índice de Preços Turísticos, no primeiro trimestre do corrente ano, fixou-se em 144,68 – mais 4,68 por cento, em termos anuais.

Mais perto de 2019

No que toca ao número de visitantes, o que as estatísticas mostram é que Macau vai gradualmente aproximando-se dos níveis de referência da indústria turística, antes do período pandémico. No primeiro trimestre de 2019 chegaram a Macau 10.359.758 visitantes, o que na altura representava um crescimento de mais 21,2 por cento – em termos anuais. O período médio de permanência dos visitantes era de 1.1 dias, o que então representava menos 0.1 dias em relação ao mesmo período de 2018. Mas, no fundo, um desvio padrão muito pouco significativo em relação ao que ainda agora se mantém, em 2024.

Voltando ao primeiro trimestre de 2019, o número de visitantes em excursões correspondeu a 2.385.790, nessa altura mais 12,1 por cento face ao trimestre homólogo do ano anterior. Contudo, quase seis vezes mais em relação ao mesmo período deste ano. No fim do primeiro trimestre de 2019 existiam na Região 117 hotéis e pensões abertas ao público, disponibilizando um total de 38.770 quartos de hóspedes, tendo nessa altura acolhido 3.518.337 indivíduos. Nota-se, entretanto, o crescimento da capacidade hoteleira, embora a diferença do número de hóspedes não seja tão acentuada, uma vez que a taxa de ocupação era na altura era maior: 91,9 por cento. Curiosamente, no trimestre em análise, a despesa total dos visitantes (excluindo a despesa no jogo) foi nesse ano inferior à que se verificou no primeiro trimestre de 2024: 16.93 mil milhões de patacas no primeiro trimestre; ou seja, uma despesa per capita por parte dos visitantes à volta das 1.634 patacas. O Índice de Preços Turísticos foi de 137,9, vários pontos abaixo do que se verifica agora, no trimestre homólogo deste ano.

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