Betinho e Betty, dupla de opereta

Prova de Vida faz parte de uma série de perfis. Este é já o número 46.

por Gonçalo Lopes

Entre as muitas coisas em que pensamos quando pensamos em José Castelo Branco, talvez Martin Heidegger não seja das mais imediatas e mais óbvias. Ainda assim, o filósofo alemão foi autor de uma frase penetrante, A luz do público obscurece tudo /Das Licht der Öffentlichkeit verndunkelt alles, que Hannah Arendt usou no proémio ao seu livro Homens em Tempos Sombrios, de 1968, e que se aplica que nem uma luva a esta víbora nada em Tete, Moçambique, aos 8 de Dezembro de 1962, com o nome próprio José Alberto e o apelido paterno Silva Vieira, que deixaria cair em 1984 em prol do albicastrense e mais lustroso apelido de sua mãe, Inês Paulino Castelo Branco, “Nini”, também nascida em Tete, em 24 de Dezembro de 1921 (e falecida de complicações cardíacas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a 16 de Dezembro de 2014).

Com efeito, e na verdade, o que mais espanta e deslumbra nesta figura de mistério, um Cagliostro dos nossos dias, é a sua constante e exuberante presença nas revistas de sociedade e em eventos mundanos, mas, em simultâneo, a densa opacidade que envolve tudo quanto faz e é, desde logo quanto às origens que tem e ao modo como ganha o pão e o brioche.

Leia mais em Diário de Notícias

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!