Mulheres na luta por melhores remunerações

Há mais mulheres no mercado laboral em Macau e têm maior grau de escolaridade. Mas esses factores não se traduzem necessariamente numa superioridade do sexo feminino no emprego. Aliás, os dados indicam o contrário

por Gonçalo Lopes
Guilherme Rego

Olhando para a mediana salarial no quarto trimestre de 2023, observam-se algumas diferenças gritantes entre géneros (ver gráfico). Entre menos de 4.000 até às 8.000 patacas, 71% são mulheres. Entre as 8 e 15 mil patacas começa a ser mais equilibrado, apesar de haver mais homens a auferir esses valores mensalmente (52%). Há mais mulheres a ganhar entre 15 a 30 mil patacas (51%) e o mesmo acontece no escalão de 30 a 40 mil patacas (52%). Entre 40 e 60 mil patacas ou mais, os homens voltam a estar em superioridade numérica (60%).

De acordo com o Relatório sobre a Condição da Mulher 2022, realizado em 2021 pelo Instituto de Acção Social, a mediana da remuneração mensal das mulheres nesse ano foi de 15.000 patacas, enquanto que a dos homens foi de 17.000 patacas.

Aumentos salariais diminuem

Segundo o relatório, cerca de 44% das mulheres tiveram aumentos salariais entre 2017 e 2021. Cerca de 47% indicaram que não tiveram qualquer aumento e 9,2% foram alvo de reduções.

Em comparação com os resultados de 2017, a percentagem de mulheres com aumentos salariais acumulados superiores a 15% e inferiores ou iguais a 15% nos últimos cinco anos diminuíram ambas, 14,9 e 11,8 por cento, respetivamente; a percentagem das que não tiveram qualquer aumento salarial nos últimos cinco anos aumentou 19,8%; e a percentagem das que tiveram reduções aumentou 7%, o que indica que a percentagem de mulheres com aumentos salariais diminuiu em comparação com a de 2017.

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