Bolsonaro revisita estratégia populista de Collor em ato para se blindar do STF

Tática é arriscada porque pode ter o efeito reverso e escancarar fraqueza política, dizem especialistas

por Gonçalo Lopes

Era 13 de agosto de 1992, e o então presidente Fernando Collor estava exaltado. Encurralado em meio a um escândalo de corrupção e uma profunda crise econômica, Collor transformou um anúncio oficial em Brasília em um comício em sua defesa.

Na beira do precipício, fez uma jogada arriscada: conclamou os brasileiros a irem às ruas de verde e amarelo para demonstrar apoio ao governo e afastar a possibilidade de impeachment. “No próximo domingo estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, bradou o presidente.

O domingo em questão não se desenrolou como Collor calculava. Milhares de pessoas foram às ruas –mas vestidas de preto, para pedir o seu afastamento. Pouco mais de um mês depois, a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment. Em dezembro, Collor renunciou.

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