Há várias instituições, no terreno, a dar apoio a estas mulheres. É o caso da Obra Social das Irmãs Oblatas. Carla Fernandes, rosto da instituição, afiança: “Muitas das mulheres que estão na rua perderam o emprego. Não conseguem encontrar um trabalho formal e continuam na prostituição. Outras vão à rua para pagar a água, a luz e o gás. A crise trouxe mais mulheres para a rua”. E prossegue: “A crise fez com que viessem mais mulheres para a rua. Há mulheres que não exerciam há alguns anos e que tiveram de voltar. A acrescentar a tudo isto temos uma crise gravíssima ao nível da habitação. Temos mulheres que nos dizem que há dias em que só trabalham para pagar o quarto. E que se não trabalharem não têm forma de pagar o quarto, para dormir”, garante Carla Fernandes. “A crise tem afetado de forma crescente o número de mulheres que não encontram solução para sair deste círculo”.
Opinião partilhada por Conceição Mendes, da associação O Ninho. “As pessoas não têm meios de subsistência e, hoje em dia, existe também a falta de opção habitacional. Vê-se mulheres de todas as idades mas, em alturas de crise, surgem mulheres mais velhas, que não têm outras escolhas”, finaliza.
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