Ataques no Mar Vermelho tornam o transporte cinco vezes mais caro

Transitários admitem disparo no preço dos fretes marítimos, embora abaixo da “loucura” dos valores da pandemia. Setor automóvel apela à reindustrialização, nacional e europeia.

por Gonçalo Lopes

Os ataques dos rebeldes Huthis a navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, que dá acesso ao canal de Suez, assegurando a ligação marítima mais curta da Ásia à Europa, estão a causar graves prejuízos à indústria europeia e Portugal não é exceção. A obrigatoriedade de recorrer a rotas mais longas, pelo Cabo da Boa Esperança, traduz-se em atrasos nas entregas, mas também em aumentos de custos, com combustíveis e não só. Os transitários falam já em fretes a custar cinco vezes mais, “mas ainda longe da loucura” dos valores da pandemia. A indústria automóvel alerta para o “efeito dominó” e lamenta que a reindustrialização do espaço europeu esteja atrasado e “fora das preocupações dos decisores políticos” nacionais.

Segundo o Pentágono, desde 19 de novembro, os rebeldes Huthis, que controlam parte do Iémen, desencadearam 35 ataques contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden. A incerteza da situação tem levado à procura de soluções alternativas e fazer chegar as mercadorias do ponto A ao ponto B, da forma mais rápida e mais eficiente possível, é o trabalho diário de um transitário, mais difícil nos tempos que correm. A APAT, a Associação dos Transitários de Portugal, aconselha os associados a trabalhar na logística preventiva.

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