Num comunicado, o Governo brasileiro afirmou que Wang Yi realizará uma visita oficial ao país nos dias 18 e 19 de janeiro em que serão tratados temas bilaterais, multilaterais e regionais, além da presidência brasileira do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo.
A reunião entre o ministro chinês e o brasileiro também tratará de temas ligados à reforma da governança global e a cooperação bilateral em comércio, investimentos e ciência, tecnologia e inovação.
Segundo o jornal China Daily, “espera-se que a visita dê continuidade ao impulso positivo do desenvolvimento da parceria estratégica abrangente China-Brasil que foi efetivamente consolidada pela visita de estado do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à China em abril do ano passado.”
O Governo brasileiro também destacou, no comunicado, que 2024 marca o 50.º aniversário da fundação das relações diplomáticas entre os dois países.
“Os últimos 50 anos não só viram a China e o Brasil tornarem-se os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios Oriental e Ocidental, respetivamente, mas também os testemunharam tornarem-se atores importantes na cena mundial”, avaliou o jornal chinês sobre o mesmo tema.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro.
Em 2023, o comércio bilateral com a China atingiu um recorde de 157,5 mil milhões de dólares, com exportações brasileiras de 104,3 mil milhões de dólares e importações de 53,2 mil milhões de dólares, o que resultou num excedente brasileiro de 51,1 mil milhões de dólares.
No ano passado, as transações com a China foram responsáveis por cerca de 52 por cento do excedente comercial total brasileiro. O Brasil e a China estabeleceram uma Parceria Estratégica em 1993, elevada a Parceria Estratégica Global em 2012.
Plataforma com Lusa