Os recursos foram recebidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), o braço financeiro do governo brasileiro, de acordo com o contrato assinado na quarta-feira no Rio de Janeiro, numa cerimónia presidida pelo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
O maior dos empréstimos, no valor de mil milhões de euros, será utilizado para financiar projetos de infraestruturas sustentáveis e o restante valor para financiar iniciativas de mitigação das alterações climáticas, explicou na mesma cerimónia a presidente do NDB e a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.
“Para nós, só existe desenvolvimento se ele for desenvolvimento sustentável e inclusivo”, afirmou Dilma Rousseff, durante a cerimónia.
O NDB, que atuará como intermediário, ofereceu os recursos a governos regionais e municipais brasileiros, bem como a empresas concessionárias, interessadas em empréstimos de baixo custo para os respetivos projetos que cumpram requisitos ambientais.
Esses projetos, tanto do setor público como do privado, terão de visar a promoção de modelos de mobilidade urbana de baixo carbono e mais sustentáveis, a gestão de resíduos, as energias renováveis e a preservação das florestas.
Os beneficiários terão um período de reembolso de quatro anos, um prazo de 24 anos para pagar a dívida e taxas de juro competitivas para projetos de infraestruturas, disse Dilma numa cerimónia em que também participaram os antigos presidentes do Uruguai Pepe Mujica e da Colômbia Ernesto Samper.
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O maior dos empréstimos, no valor de mil milhões de euros, será utilizado para financiar projetos de infraestruturas sustentáveis e o restante valor para financiar iniciativas de mitigação das alterações climáticas, explicou na mesma cerimónia a presidente do NDB e a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.
O NDB foi criado em 2014 pelos países fundadores do fórum BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas já conta entre os seus parceiros com países como o Uruguai, o Egito, o Bangladesh e os Emirados Árabes Unidos e com ativos no valor de 26,3 mil milhões de dólares.
Em nove anos de existência, o banco aprovou créditos de 32.000 milhões de dólares para 98 projetos em diferentes países, dos quais 5.700 milhões de dólares para 19 projetos no Brasil.