Governo espera fechar o ano com 202 mil milhões em receitas brutas de jogo

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, estima que as receitas brutas de jogo cheguem às 202 mil milhões de patacas até ao final do ano. Essa previsão reforça a confiança das autoridades de que o objetivo de 216 mil milhões para 2024 não é descabido. Pelo meio, pediu que as concessionárias aumentem os salários, citando um relatório que demonstra essa capacidade

por Gonçalo Lopes
Nelson Moura

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, está confiante de que a indústria de jogo local será capaz de gerar 216 mil milhões de patacas em receitas brutas no próximo ano. Esta quarta-feira, durante uma reunião plenária da Assembleia Legislativa para apresentação das Linhas de Acção Governativa, Lei considerou que estas estimativas têm como base a recuperação económica deste ano. Considerando o número de turistas, os padrões de despesas do mercado do jogo VIP e de massas, juntamente com as promoções direcionadas a mercados estrangeiros, o Governo acredita que a cidade será capaz de atingir esse objetivo.

Os números mais recentes apontam para 148.4 mil milhões de patacas em receitas brutas de jogo entre janeiro a outubro, com Lei a prever que o ano encerre com 202 mil milhões de patacas.

Massas por cima

Na mesma sessão, Lei observou que a percentagem da receita do mercado de massas regressou praticamente aos níveis de 2019. No entanto, o mercado VIP não segue o mesmo caminho. Segundo o responsável, o mercado de massas representa agora cerca de 75 por cento do total de apostas de jogo, com as salas VIP a representar 25 por cento.

No terceiro trimestre deste ano, o mercado de massas, incluindo máquinas de jogo, alcançou as 37 mil milhões de patacas, ou quase 76 por cento da receita bruta total da RAEM nesse período.

Quanto à execução dos planos de investimento não relacionados com o jogo pelas seis concessionárias, Lei espera que até ao final do ano estas empresas apresentem os relatórios de execução relevantes, sendo que as autoridades devem “retificar” quaisquer deficiências na execução.

Um pequeno incentivo

O secretário da Economia e das Finanças afirmou também que o Governo incentivou as concessionárias a aumentarem os níveis salariais dos seus funcionários. “Não posso obrigar as concessionárias a ajustarem os salários dos seus funcionários, mas temos aconselhado a que compartilhem os frutos da recuperação económica com os seus trabalhadores”, disse no plenário.

O secretário citou uma pesquisa recente que aponta que as operadoras teriam capacidade para conduzir a um aumento salarial na ordem dos 2 a 3 por cento. “Espero que todas as empresas compreendam que os seus trabalhadores são os seus ativos mais importantes.”

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!