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Detetadas cem vítimas de tráfico humano em Portugal: “15 minutos para comer”

A Polícia Judiciária (PJ) explicou esta terça-feira que a megaoperação realizada nas zonas de Évora e Cuba levada a cabo pela Unidade Nacional de Contraterrorismo não está relacionada com a que aconteceu há um ano, ainda que tenha incidido na mesma área geográfica, e descreveu as condições em que as mais de cem vítimas viviam e trabalhavam.

“Muitas horas de trabalho e pouco espaço para descanso. Há pessoas que falavam em 15 minutos para comer. São jornadas muito longas, muito exaustivas, e, por isso, nem toda a gente está disposta a fazer isso. Naturalmente, os imigrantes mais desfavorecidos e com condições mais complicadas acabam por sujeitar-se”, referiu a diretora da Unidade de Contraterrorismo da PJ, Manuela Santos, em conferência de imprensa.

Apesar de esta operação não estar relacionada com a que aconteceu no ano passado – que está em “fase de conclusão” -, há condições que se repetem: “Voltámos a detetar situações de sobrelotação. Pessoas com colchões, se é que se pode chamar colchão, muita falta de higiene, uma casa de banho para 20 pessoas. As condições são realmente deploráveis.”

Manuela Santos lamenta que as denúncias “nunca cheguem das vítimas”, o que dificulta o trabalho das autoridades, mas que se explica com as condições de vida dos imigrantes e pelas ameaças que sofrem.

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