As amortizações antecipadas dos empréstimos destinados à compra de habitação própria e permanente totalizaram 6,37 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um valor que supera em 64% – ou quatro mil milhões, em termos absolutos – os 2,29 mil milhões de euros registados em igual período do ano passado, informou o Banco de Portugal (BdP) ao Dinheiro Vivo.
Daquele montante, que não considera a totalidade da carteira de crédito à habitação em Portugal, uma vez que exclui, por exemplo, o financiamento para aquisição de uma segunda casa, 2,6 mil milhões de euros dizem respeito a reembolsos (totais ou parciais) efetuados entre janeiro e março, o trimestre em que se registou um maior volume de abatimento de dívida ao banco.
Natália Nunes, coordenadora do gabinete de proteção financeira da Deco, explica que amortizar o crédito à habitação antes da data final do contrato é uma solução que permite, desde logo, reduzir a prestação a pagar ao banco. Ao fazê-lo, os consumidores não só estarão a descontar no valor do capital em dívida, como também nos juros associados ao empréstimo. Não obstante, alerta, “se a única poupança existente for a do fundo de emergência, não é aconselhado utilizá-la” para este efeito.
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