Três ‘startups’ portuguesas nos primeiros três lugares em competição na Universidade Cidade de Macau

As ‘startups’ portuguesas Glooma, Bedev e Fykia Biotech arrecadaram no sábado o primeiro, segundo e terceiro lugares, respetivamente, na competição “929 Challenge”, em Macau

por Gonçalo Lopes

A Glooma apresentou uma luva que deteta o cancro da mama precocemente, a Bedev mostrou o desenvolvimento de dispositivos médicos com recurso à impressão 3D, enquanto a Fykia Biotech deu a conhecer a investigação de microalgas com aplicações na saúde, cuidados da pele e agricultura, destacando-se entre os oito projetos de empresas finalistas avaliados pelo júri e potenciais investidores.

“É fantástica, nesta edição, a qualidade dos projetos apresentados em áreas que são muito importantes em termos de sustentabilidade, como a saúde, a biotecnologia e agricultura, incluindo alimentação”, disse à Lusa um dos cofundadores e coordenadores do “929 Challenge”, José Alves.

A competição, de facto, está a consolidar-se e está a demonstrar que existe espaço em Macau para se fazer mais nesta área de empreendedorismo entre a China e os Países de Língua Portuguesa
José Alves, cofundador do 929 Challenge

“Portanto isto é extremamente motivante para o concurso e para os patrocinadores e os organizadores. A competição, de facto, está a consolidar-se e está a demonstrar que existe espaço em Macau para se fazer mais nesta área de empreendedorismo entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, salientou o também diretor da Faculdade de Gestão da Universidade Cidade de Macau (CityU).

Para Marco Rizzolio, cofundador e coordenador da competição 929, nesta edição deu-se “um grande salto”, já que “pela primeira vez, estiveram no painel de juízes ‘venture capitals’ a assistir aos projetos”.

“Isso é um grande salto porque no final de contas, mais do que uma competição, queremos que estes projetos recebam dinheiro para poder evoluir para outros níveis”, frisou o responsável. Divididas em duas categorias, 16 equipas finalistas, oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e lusófonas, disputaram a final da terceira edição desta competição sino-lusófona.

É um grande salto porque no final de contas, mais do que uma competição, queremos que estes projetos recebam dinheiro para poder evoluir para outros níveis
Marco Rizzolio, cofundador do 929 Challenge

Entre as universidades, o primeiro lugar coube à chinesa Guangdong University of Science and Technology (Universidade de Ciência e Tecnologia de Guangdong) com um projeto de óleos de alimentação para aquacultura, seguida pela Universidade de Macau com obrigações verdes para investir em projetos sustentáveis e compensar emissões de carbono. Em terceiro lugar ficou a Guangdong Polytechnic University (Universidade Politécnica de Guangdong) com um plano para proteger trabalhos digitais de piratas informáticos.

Ao todo, a edição deste ano registou mais de 1.500 participantes em mais de 280 equipas de nove países lusófonos e da China. O montante total dos prémios foi de 180 mil patacas (21.147 euros) e 40 mil patacas (4.699 euros) em serviços e ferramentas da Alibaba.

O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades e instituições da região administrativa especial chinesa.

Em 2003, a China estabeleceu o território como plataforma para a cooperação económica e comercial com os Países de Língua Portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, através do Fórum Macau.

Plataforma com Lusa

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