Feira Internacional de Macau termina com assinatura de 15 projetos sino-lusófonos

As três exposições comerciais realizadas em Macau terminaram no domingo com a assinatura de 101 protocolos entre empresas, incluindo 15 envolvendo projetos dos países de língua portuguesa, anunciou a organização.

por Gonçalo Lopes

Num comunicado, divulgado na noite de domingo, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) sublinhou que o número total de acordos celebrados na Feira Internacional de Macau durante os quatro dias subiu 8,6% em comparação com 2022.

As três exposições, a 1.ª Exposição Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), a 28.ª Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Franquia de Macau (2023MFE), decorreram em simultâneo, entre 19 e 22 de outubro.

O IPIM sublinhou que cerca de mil sessões de bolsas de contactos foram organizadas, o que representa um aumento de 30% em relação a 2022, ano em que Macau ainda proibia a entrada de estrangeiros sem estatuto de residente, devido à pandemia.

O comunicado revelou ainda que as sessões de transmissão ao vivo, nas redes sociais, com celebridades da Internet, inclusive dos países de língua portuguesa e de Macau, atraíram cerca de quatro milhões de visualizações.

As três exposições atraíram mais de 60 mil participantes, referiu o IPIM.

Mais de 260 expositores oriundos de países de língua portuguesa participaram nos eventos, abrangendo indústrias como tecnologia de ponta, finanças modernas, turismo, criatividade cultural, comidas e bebidas.

Daqueles, 76 expositores são do Brasil, que regista assim o maior número de expositores, marcas e delegações, em comparação com todas as seis edições anteriores da Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa.

Esse evento “era apenas uma feira local para atrair compradores da China continental”, disse à Lusa o diretor do escritório em Portugal da Perfeição Companhia Lda, empresa de Macau que apoiou a organização do evento.

A criação da C-PLPEX, uma feira “de alto nível, organizada pelo Governo da RAEM [Região Administrativa Especial Chinesa de Macau], com o apoio do Ministério do Comércio da China”, reflete o apoio político das autoridades de Pequim, sublinhou João Li.

A primeira C-PLPEX, “em vez de ser apenas uma parte da MIF, é separada e transformada numa feira independente”, disse à Lusa Bella Huang, gestora de projetos na Perfeição.

“Podemos ver que o Governo está mais concentrado em desenvolver os laços entre a China e os países de língua portuguesa”, defendeu Huang.

“Macau é um mercado muito pequeno, mas vamos trazer muitos fornecedores e clientes de elevada qualidade, que podem encontrar bons parceiros” na região chinesa”, defendeu João Li.

O dirigente disse que, após quase três anos de restrições à entrada na China, devido à pandemia de covid-19, os empresários lusófonos “têm muito interesse em poder encontrar-se cara-a-cara” com empreendedores chineses.

*Com Lusa

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!