Durante o encontro na capital egípcia, o secretário-geral das Nações Unidas apelou para uma “trégua humanitária” na guerra entre Israel e os combatentes do Hamas, e exigiu “ações que ponham fim a este abominável pesadelo”. António Guterres afirmou que o enclave palestiniano está a viver “uma catástrofe humana”, com milhares de mortos e 1,4 milhões de deslocados na sequência da resposta das forças israelitas ao ataque terrorista de dia 7, que passou por cortar o acesso de bens essenciais, advertir a população para sair do norte, e bombardear o território densamente povoado. Segundo o último balanço das autoridades de Gaza, contavam-se 4469 mortos e mais de 13 mil feridos.
Mas o apelo de Guterres caiu em saco roto. Depois de na véspera o ministro da Defesa israelita Yoav Gallant ter explicitado que a operação militar contra o Hamas terá três fases, o porta-voz das forças armadas israelitas informou que o número de bombardeamentos vai aumentar. “Temos de entrar na próxima fase da guerra nas melhores condições, não de acordo com o que nos dizem. A partir de hoje [ontem], estamos a aumentar os ataques e a minimizar o perigo”, disse o almirante Daniel Hagari.
Este avolumar de ataques encaixa na primeira das três fases apresentadas por Gallant, com ataques aéreos e posteriormente “manobras israelitas”, a invasão terrestre para a qual estão mobilizados dezenas de milhares de soldados e centenas de tanques ao longo da fronteira de Gaza.
Leia mais em Diário de Notícias