Xi jinping destaca boa relação de trabalho e profunda amizade com Putin

O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta quarta-feira ao presidente russo em visita, Vladimir Putin, que eles se encontraram 42 vezes nos últimos 10 anos e desenvolveram uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade.

por Gonçalo Lopes

“Encontrámo-nos 42 vezes nos últimos dez anos. Desenvolvemos uma boa relação de trabalho e uma profunda amizade”, afirmou Xi Jinping.

Durante a reunião, Xi congratulou-se com o facto de os governos dos dois países “estarem a pôr em prática os importantes consensos” a que os dois líderes chegaram nas reuniões anteriores.

“A confiança política mútua está a aprofundar-se de forma constante e a cooperação estratégica é eficaz e estreita. O comércio bilateral atingiu máximos históricos, caminhando firmemente para o objetivo que estabelecemos de 200 mil milhões de dólares por ano”, acrescentou o líder chinês.

Recordando que no próximo ano se assinala o 75.º aniversário desde o estabelecimento das relações entre os dois países, Xi disse que a China quer trabalhar com a Rússia para “compreender a tendência histórica do desenvolvimento global com base nos interesses dos nossos dois povos”.

“Temos de enriquecer ainda mais a cooperação bilateral, refletindo a nossa responsabilidade enquanto potências, e continuar a contribuir para a modernização dos nossos dois países”, afirmou o líder Xi Jinping.

 (Da esquerda para a direita) O presidente da China, Xi Jinping, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, participam de uma sessão de fotos em grupo no terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional no Grande Salão do Povo em Pequim em 18 de outubro de 2023. (Foto de Suo Takekuma/POOL/AFP)

“Temos de fazer esforços para salvaguardar conjuntamente a justiça internacional” e “promover o desenvolvimento global”, acrescentou.

Citado pela Xinhua, Putin afirmou durante a reunião que a Iniciativa Faixa e Rota “deve ser reconhecida como um bem público global” e que espera que mais países adiram ao projecto chinês no futuro.

O encontro entre os dois surge numa altura de crise geopolítica alimentada pelo conflito israelo-palestiniano ou pela ofensiva russa na Ucrânia, sobre a qual a China tem mantido uma posição ambígua.

A China tem servido como ’tábua de salvamento’ de Moscovo, após a invasão da Ucrânia. O país asiático é agora o principal parceiro comercial e aliado diplomático da Rússia.

O líder russo viajou para a China com uma grande delegação de altos funcionários, incluindo dois vice-primeiros-ministros e responsáveis pelos negócios estrangeiros, desenvolvimento económico, transportes ou finanças.

Pequim considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China.

Poucas semanas antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, Putin e Xi jinping declararam, em Pequim, uma amizade “sem limites”.

A China recusou condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e criticou a imposição de sanções internacionais contra Moscovo.

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