Migrantes sírios mortos em incêndio na Grécia falaram com parentes até último minuto

Para escapar de autoridades, grupo seguiu por rota alternativa e foi surpreendido pelo fogo

por Gonçalo Lopes

Enquanto atravessavam o terreno áspero e arborizado do nordeste da Grécia, os 18 solicitantes de asilo se depararam com um dilema angustiante: seguir a rota mais segura por vilarejos e rodovias, mas cair nas mãos das autoridades gregas, ou entrar pelas florestas e campos devastados pelo maior incêndio florestal registrado na Europa.

Eles optaram pelas florestas.

Em 21 de agosto, por volta das 21h, o grupo de solicitantes de asilo morreu queimado neste incêndio. Seus corpos, carbonizados e irreconhecíveis, foram descobertos no dia seguinte.

As autoridades gregas presumiram que as vítimas fossem migrantes porque ninguém estava procurando pessoas desaparecidas localmente. Por mais de um mês, suas identidades e as circunstâncias de suas mortes permaneceram um mistério.

Mas ao longo de semanas de reportagem, o New York Times reuniu detalhes desconhecidos sobre a jornada do grupo em suas desesperadas horas finais. Pelo menos 12 já haviam sido capturados uma vez antes pelos guardas de fronteira gregos e devolvidos à Turquia.

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