“Eu estou como o jogador de bola que não quer dizer para o treinador que está com dor para não ir para o banco… mas agora tem de ser”, disse Lula da Silva. E tem de ser mesmo: o presidente do Brasil, 77 anos, é submetido esta sexta-feira, em Brasília, a uma inevitável operação à anca que o impedirá de trabalhar no Palácio do Planalto por quatro semanas e de viajar por mês e meio. Mas há uma controvérsia, explorada pela oposição, sobre quem substituirá o “jogador de bola” enquanto ele estiver no “banco”: o vice-presidente, Geraldo Alckmin, ou a primeira-dama, Janja da Silva?
A revista Oeste, ligada aos eleitores de Jair Bolsonaro, publicou uma reportagem, de ampla difusão nas redes sociais, a especular que seria Janja e não Alckmin a representar o presidente. Na sequência, o deputado oposicionista Evair Melo, do PP, requereu mesmo a presença de três representantes do governo no parlamento para explicarem a situação.
Entretanto, numa notícia intitulada “vice-presidente Janja” do site Crusoé, também conotado com a extrema-direita, o cientista político Bruno Soller sublinha que “não é permitido que ninguém que não esteja na linha de sucessão assuma a presidência, na ordem, vice-presidente, presidente da Câmara, presidente do Senado e presidente do Supremo Tribunal Federal”. “Além de inconstitucional, a medida seria uma afronta ao vice-presidente Geraldo Alckmin e aos demais poderes”, concluiu.
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