Macau regista em agosto número mais elevado de visitantes em quatro anos

Macau recebeu em agosto mais de 3,2 milhões de visitantes, o número mais elevado desde o mesmo mês de 2019, anunciou hoje a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

por Nelson Moura

Os dados oficiais mostram ainda que agosto foi o primeiro mês em que a região administrativa especial chinesa acolheu mais de três milhões de turistas desde dezembro de 2019, antes do início da pandemia de covid-19.

Num comunicado, a DSEC sublinhou que o número de visitantes registado em Macau subiu quase dez vezes em comparação com agosto de 2022, mês em que o território estava a sair de um surto de covid-19 que levou a um confinamento parcial de mais de duas semanas.

Ainda assim, o total de agosto ficou longe do recorde histórico de 3,6 milhões de turistas fixado no mesmo mês de 2019, antes da pandemia, que afetou a cidade até ao início deste ano.

Nos primeiros oito meses de 2023, Macau recebeu 17,6 milhões de turistas, quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado, mais ainda dois terços do valor registado entre janeiro e agosto de 2019.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em meados de dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

A região administrativa especial chinesa reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro. Em agosto, a esmagadora maioria dos visitantes (mais de 72%) continuou a ser da China continental, 2,3 milhões.


Passeio à beira-mar do Centro de Ciência de Macau

As autoridades de Macau afirmaram em meados de agosto que a região foi o principal destino turístico dos residentes na China continental, com base em dados oficiais sobre a primeira metade do ano.

O relatório sobre o turismo externo no primeiro semestre de 2023, divulgado pela Academia de Turismo da China, “mostra que Hong Kong, Macau e Taiwan representam 80 por cento dos destinos de viagens escolhidos pelos residentes do interior da China, durante o primeiro semestre do corrente ano, com Macau a ficar no primeiro lugar do ‘ranking’, com uma taxa de 50 por cento”, apontaram as autoridades, em comunicado.

Com a retoma do turismo, Macau, o único local na China onde o jogo em casino é legal, viu as receitas do jogo quase quadruplicarem nos primeiros oito meses de 2023, atingindo 114 mil milhões de patacas.

Graças à recuperação dos impostos sobre o jogo, as receitas públicas da cidade mais que duplicaram em termos anuais entre janeiro e agosto, atingindo 48,1 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde 2019, antes do início da pandemia.

Ainda assim, Macau só conseguiu manter as contas públicas em terreno positivo graças a transferências no valor total de 10,3 mil milhões de patacas oriundos da reserva financeira.

Plataforma com Lusa

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