Mantém-se acesa a polémica em torno do pedido de retirada da estátua de Camilo do Largo Amor de Perdição, no Porto. Tendo ficado em silêncio durante mais de uma hora depois da intervenção da deputada Isabel Ponce de Leão, eleita pelo seu movimento, na sessão da Assembleia Municipal desta segunda-feira à noite (porque “são assim os termos da Assembleia Municipal”), o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, aproveitou um dos pontos da Ordem do Dia para se defender.
“Não posso, senhora deputada, responder ao tom pérfido, – não lhe conheço outro nome -, nem à calúnia de que acabei de ser vítima por parte da senhora deputada”, começou por dizer Rui Moreira, pedindo esclarecimentos ao que Isabel Ponce de Leão considera como “interesses submarinos”. A professora catedrática disse, durante a sua crítica no início da sessão desta segunda-feira: “É claro que não ponho de parte que haja interesses submarinos nestas coisas, mas isso não vem ao caso”.
Para o autarca, Isabel Ponce de Leão, que fez parte, em 2012, do movimento para as comemorações dos 150 anos do “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, no Porto, protagonizou um momento de “apelo a uma mordaça e ao não debate”. “E comigo estes assuntos devem ser debatidos sempre até à exaustão”, alertou Moreira.
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