Organizar cursos de formação para aumentar as possibilidades de emprego dos residentes

por Gonçalo Lopes
Leong Sun Iok, Federação das Associações dos Operários de Macau

O aumento do número de visitantes alavancou a recuperação económica e diminui ligeiramente a taxa de desemprego, devido à procura de recursos humanos em vários setores.

No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego global (2,8 por cento) e a taxa de desemprego para residentes (3,5 por cento) diminuíram 0,3 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente. O número de empregados aumentou em 2.100 face ao trimestre anterior, sendo que o número de residentes empregados aumentou em 1.400. Conforme os dados dos setores de emprego, o setor do jogo e promoção de jogo (68,5 mil) e da hotelaria e restauração (45 mil) aumentaram em 2.1 mil e 1.9 mil empregados, respetivamente, enquanto a construção (26,8 mil) diminuiu em 1.800 pessoas.

A taxa de desemprego e a situação do emprego melhoraram na sequência da recuperação económica. Anteriormente, algumas associações de agências de trabalhadores não residentes apontaram que a escassez de recursos humanos nas pequenas e médias empresas (PME) reflete que ainda existem problemas estruturais no mercado de trabalho. Isto significa que existe um desfasamento entre os requisitos dos empregadores em termos de competências profissionais e as capacidades dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, alguns trabalhadores esperam encontrar um emprego que os satisfaça mais, levando a que certos cargos permaneçam vagos. Esta questão é pronunciada entre os jovens, pessoas de meia-idade e idosos, devido a diferenças nas habilidades ocupacionais. Especialmente para os jovens, encontrar emprego com sucesso ainda é relativamente desafiante.

Nos primeiros sete meses deste ano, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) organizou 91 sessões de emprego para setores específicos e 30 sessões de recrutamento para empresas de lazer, ajudando 7.527 pessoas a encontrar trabalho. Este número supera as 6.288 pessoas empregadas pela DSAL no ano passado. Também equivale a cerca de 2,6 por cento da força de trabalho local entre março e maio deste ano. Segundo a DSAL, com a recuperação do setor do turismo, este departamento continuará a intensificar os seus esforços na procura de emprego e a trabalhar em estreita colaboração com as empresas e organizações para reduzir a pressão sobre os recursos humanos locais.

Na realidade, o recrutamento das grandes empresas tem-se concentrado em posições de nível básico, como restauração, segurança e hotelaria. Ou seja, se estas quisessem contratar, já o teriam feito. Para alguns tipos de empregos, os residentes de Macau podem não estar dispostos a trabalhar, ou têm certos requisitos, o que resulta num desfasamento entre a oferta e a procura. Além disso, o facto de tanto os empregadores como os candidatos terem certas exigências- também contribui para dificuldades no emparelhamento profissional.

Federação das Associações dos Operários de Macau*

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