“O que querem que eu diga? Estou arrasado”, desabafa o jovem de 25 anos, com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, após enterrar Mina Ait Bihi, em Tikht, com quem era suposto casar-se dentro de algumas semanas.
A aldeia situada a poucos quilómetros do epicentro do terramoto, nas montanhas do Atlas, ficou completamente arrasada. Este foi o sismo mais letal em Marrocos em mais de seis décadas.
Os socorristas tiveram dificuldade para retirar o corpo da jovem dos escombros da casa, reduzida a pó após o abalo.
Ao seu lado, encontraram o seu telefone, com o qual ela conversava com o noivo, segundos antes de morrer. O seu corpo agora repousa num cemitério improvisado, onde outras 68 vítimas do terramoto foram enterradas.
A localidade, onde viviam cerca de 100 famílias, é agora um amontoado de restos de madeira e alvenaria, louças partidas, sapatos que não combinam e tapetes de padrões complexos.
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