Pelas ruas da capital de Guangxi (ou na forma aportuguesada, Quancim) há elefantes um pouco por todo o lado. Em estátuas, como ornamento da iluminação pública ou de outros elementos de mobiliário urbano. Proboscídeos de marfim e osso, porém, só no jardim zoológico. É na província vizinha de Yunnan, a oeste, onde vivem os últimos exemplares em estado selvagem na China. Pouco importa: é um símbolo de sorte, graças a uma lenda na qual é revelado em sonho ao primeiro imperador da dinastia Qin a forma para impedir inundações no sul da China: para tal tinha de reunir cinco elefantes em Yong (o nome de Nanning até ao século XIV, bem como do rio que serpenteia a cidade).
Desconhece-se se apareceu em sonhos de algum dirigente do Partido Comunista Chinês, mas o certo é que há cerca de duas décadas Nanning passou a ser vista não só como a capital da região autónoma da minoria Zhuang, mas também como um futuro centro de logística e de comunicações entre o resto do país e o sudeste asiático e mais tarde parte essencial da estratégia Uma Faixa, Uma Rota.
Estamos numa metrópole com mais de sete milhões de habitantes, mas no novo bairro financeiro de Wuxiang placidez é a palavra que salta à cabeça. À mistura de elevada temperatura e humidade típica da região subtropical, e que torna qualquer atividade fora de portas um desafio, o que interrompe o silêncio são as obras de futuros arranha-céus, enquanto outros se acumulam semiocupados ou vazios, à espera de melhores dias.
Leia mais em Diário de Notícias