Conversa tensa sobre taxação de offshores precedeu desentendimento entre Lira e Haddad

Uma conversa tensa sobre a proposta de taxar empresas ou fundos offshore (fora do país) precedeu a declaração do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de que a Casa comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem um "poder muito grande".

por Gonçalo Lopes

Segundo interlocutores dos dois lados ouvidos pela Folha, Haddad e Lira tiveram uma conversa por telefone na sexta-feira (11) para tratar da votação da medida, considerada crucial pela Fazenda para dar maior isonomia tributária e reforçar as receitas do Tesouro no ano que vem, quando o governo tem a meta de zerar o déficit fiscal.

No diálogo, Lira deixou claro, em tom incisivo, que resiste ao avanço da medida.

As resistências na Câmara à proposta geraram incômodo e irritação na equipe econômica, segundo os relatos. A entrevista ao programa Reconversa, gravada na noite de sexta e na qual Haddad faz críticas à Câmara, foi concedida após esse ruído.

A tributação das offshores, medida para taxar recursos mantidos em paraísos fiscais, tramita no Congresso em uma MP (medida provisória) que tem validade até 27 de agosto, como compensação à renúncia fiscal gerada pela correção da tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). Se não for votado até lá, o texto expira, e o governo precisará enviar um projeto de lei.

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