A próxima cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai ser “mais um momento de reflexão” para ver como os países-membros podem reforçar a cooperação, afirmou o primeiro-ministro guineense, Geraldo Martins.
“Penso que a próxima cimeira será mais um momento de reflexão sobre a nossa organização, sobre o que se pode fazer para a melhorar e como é que os países podem engajar-se de forma mais forte no processo da sua consolidação e, portanto, nós esperamos que essa cimeira seja uma cimeira importante”, afirmou Geraldo Martins.
O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse do novo Governo da Guiné-Bissau, que foi sábado nomeado por decreto pelo Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló.
Geraldo Martins não confirmou a presença na cimeira, que vai decorrer em São Tomé e Príncipe, mas disse que a Guiné-Bissau será representada pelo chefe de Estado.
“Ainda não sei se vou poder estar presente, de qualquer maneira o Governo estará a acompanhar a sua preparação e provavelmente poderá eventualmente participar”, acrescentou.
Angola efetua a passagem gradual da presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para São Tomé e Príncipe, com o chefe da diplomacia angolana a prometer não deixar o arquipélago sozinho no seu mandato.
![Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)](https://cdn.plataformamedia.com/2022/09/cplp-1-300x227.jpg)
A cimeira da CPLP, que acontece de dois em dois anos, realiza-se em 27 de agosto, em São Tomé e Príncipe, sendo o país que acolhe a cimeira aquele que assume por dois anos a presidência rotativa da organização. (Foto:Lusa)
O ministro dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Alberto Pereira, sublinhou que as atividades de preparação da cimeira e da presidência da CPLP não começam nem terminam no dia da reunião dos chefes de Estado e de Governo.
“A CPLP é uma organização evolutiva, os dossiês poderão iniciar-se numa presidência e continuar para uma outra presidência. Portanto, a cimeira será o marco onde haverá a passagem oficial de um Estado para o outro”, disse.
“Tivemos conhecimento de vários dossiês, muitos que foram iniciados pela Presidência angolana, e como não podia deixar de ser terão continuidade com a presidência são-tomense. Tivemos aquela disponibilidade de Angola que foi manifestada em continuar a trabalhar connosco para que a nossa presidência possa ser uma presidência também com muito sucesso”, sublinhou o chefe da diplomacia são-tomense.
A cimeira da CPLP, que acontece de dois em dois anos, realiza-se em 27 de agosto, em São Tomé e Príncipe, sendo o país que acolhe a cimeira aquele que assume por dois anos a presidência rotativa da organização.