“Apesar de toda a gente dizer que não se sente muito o IVA zero, os dados mostram que existe e que tem um efeito de expectativa mais positiva que afeta o consumo, com as pessoas a conseguirem alguma melhoria da sua qualidade de vida”, diz o diretor-geral da Centromarca.
Os dados são do estudo Shopper Insights da Kantar Portugal, analisado pela Centromarca, segundo os quais, nos primeiros seis meses do ano, as famílias portuguesas foram mais vezes às compras, mas comparam menos coisas, embora deixassem mais dinheiro no supermercado em cada compra. Ou seja, a frequência de compra aumentou, em termos homólogos, 5,4%, mas o volume em cada compra foi 10,1% mais baixo, embora a fatura tenha sido 3,7% mais alta.
Mas é na análise dos dados por trimestre – recorde-se que a isenção do IVA para um cabaz de 26 alimentos considerados “essenciais” entrou em vigor a 18 de abril – que se percebe melhor como é que o IVA zero impactou o consumo das famílias: a estabilização dos preços levou a uma redução em 1,4% no número de idas ao supermercado entre abril e junho, comparativamente aos três meses anteriores, com os portugueses a trazerem mais 4,1% de artigos na sua cesta, embora só estejam a pagar mais 2,1% pelas compras que estão a fazer.
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