Clima: Kerry garante que os EUA não pretendem impor soluções à China

por Viviana Chan
Lusa

O enviado do governo do presidente Joe Biden para os assuntos do clima, John Kerry, garantiu quarta-feira que os EUA não pretendem impôr qualquer solução para a rutura climática à China.

As declarações de Kerry foram feitas depois de o presidente chinês, Xi Jinping, ter declarado que a China vai tomar as suas próprias decisões quanto à forma de responder ao aquecimento global do planeta.

Na China desde domingo para retomar o diálogo sino-norte-americano a propósito dos assuntos climáticos, John Kerry afirmou na quarta-feira que ele e a sua equipa tinham tido “reuniões extremamente calorosas e produtivas” com altos responsáveis chineses.

Durante a presença de Kerry em Pequim, Xi pronunciou um discurso sobre o ambiente.

“Devemos tomar as nossas próprias decisões sobre o caminho, os métodos, o ritmo e a intensidade com a qual os devemos concretizar. Ninguém pode esperar que pode exercer uma qualquer influência sobre nós”, afirmou, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.

Questionado a este propósito durante uma teleconferência com jornalistas, Kerry respondeu: “Não impomos nada a ninguém. Seguimos a ciência. Não há política nem ideologia no que fazemos”, acrescentou.

O enviado norte-americano reuniu-se com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e o seu homólogo, Xie Zhenhua.

“Nenhum dos dirigentes com quem reuni sugeriu que haveria uma qualquer razão pela qual não nos devêssemos coordenar, com respeito mútuo”, acrescentou.

As conversas sobre clima entre EUA e China tinham sido interrompidas no ano passado, depois da visita a Taiwan de Nancy Pelosi, que então presidia à Câmara dos Representantes.

Segundo Kerry, as duas partes focaram-se na melhor forma de garantir que a próxima, a 28.ª, Conferência das Partes (COP28, na designação em Inglês) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês), prevista para dezembro, no Dubai, seja um sucesso.

Acordado foi também a concentração na aceleração da integração das energias de fonte renovável no setor energético, para reduzir as emissões ligadas ao carbono, bem como a outros gases com efeito de estufa, como o metano, detalhou.

Ainda segundo John Kerry, as duas partes vão trabalhar “intensivamente” sobre estas e outras questões nas próximas semanas, antes de voltarem a reunir dentro de algumas semanas.

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