Portugal com uma escola no top 20 mundial na formação de executivos

por Viviana Chan
Dinheiro Vivo

Quatro faculdades lusas estão no ranking FT das 50 melhores do mundo. Nova SBE subiu para 18º lugar, Católica-Lisbon para 24º e Porto Business School para 34º. ISEG caiu para 47º.

A qualidade do ensino das faculdades portuguesas é cada vez mais reconhecida mundialmente e, prova disso, é a presença de quatro instituições nacionais no top 50 do ranking do Financial Times (FT) das melhores escolas de formação de executivos do mundo em 2023.

Com uma subida de quatro posições relativamente ao ano passado, a Nova SBE entra no top 20 mundial, para 18ª a posição – 15ª lugar na Europa – com a sua formação de executivos, sendo pelo quarto ano consecutivo a escola portuguesa mais bem classificada daquela tabela, que junta a classificação dos programas abertos e dos customizados para empresas. Uma distinção que Pedro Oliveira, o dean da instituição, diz ser a prova de que a escola está “no caminho certo para a criação de uma comunidade de talento e conhecimento com impacto no mundo”.

A Católica-Lisbon, que há 16 anos marca presença neste ranking do FT, subiu à 24ª posição da tabela, estando agora no top 25 mundial (18ª posição na Europa). A escola diz que “para estes resultados globais contribuiu sobretudo a melhoria de 41 posições nos programas abertos para executivos, subida acumulada nos últimos dois anos (a maior subida registada na história do ranking do FT para esta categoria) já que a Católica-Lisbon ocupa este ano a 31ª posição a nível mundial”.

Para o dean da Católica-Lisbon, Filipe Santos, “estarmos no top 25 mundial em formação executiva é um resultado excelente que resulta da nossa forte aposta no talento dos nossos professores, na inovação pedagógica e adaptação às necessidades das empresas”.

Com uma subida de seis posições na lista do FT e a conquistar o 34º lugar está a Porto Business School (PBS), que pelo segundo ano figura entre as 50 melhores escolas de negócios do mundo. Um resultado que o dean da PBS remete para o trabalho de antecipação, a adaptação que a PBS tem feito “às novas exigências do mundo dos negócios, tão marcado pela incerteza”. “Numa sociedade em constante transformação, nomeadamente no que diz respeito à inovação digital e tecnológica e à sustentabilidade, continuamos, ano após ano, a ser uma referência internacional na área da formação em gestão e a responder às necessidades atuais dos executivos”, garante José Esteves.

Em 47º lugar neste ranking mundial do Financial Times ficou o ISEG – Lisbon School of Economics & Management, que integra a Universidade de Lisboa. Caiu seis posições em relação ao lugar 41 que ocupou neste ranking em 2022.

O ranking Financial Times Executive Education analisa os programas abertos e os programas customizados para empresas.

O Iscte, olhando apenas para os programas abertos, ficou na 68ª posição da tabela, e nos customizados alcançou o 61º lugar. José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education, sublinha a posição da escola num dos vários indicadores analisados neste ranking: “O Financial Times aponta-nos como a escola número um em Portugal e 14º no mundo com a melhor combinação entre origens internacionais de alunos (diversidade geográfica) e número de alunos internacionais”. Este resultado, considera, mostra que a aposta na internacionalização está a produzir resultados: “Continuaremos, pois, a reforçar a aposta internacional da formação de executivos. Queremos ser globais e chegar pelo menos aos 50% de alunos internacionais no fecho de 2024.”

A conquista da Nova SBE

Para o associate dean da Nova SBE, Pedro Brito, “o desempenho da Nova SBE Executive Education nos rankings do Financial Times é o reflexo da consolidação de uma posição de liderança a nível mundial, juntamente com outras escolas como o INSEAD, IMD e London Business School”.

Ao DN/Dinheiro Vivo destaca o trabalho do corpo docente cuja proximidade à realidade das empresas e do mercado “tem criado oportunidades para testar novas abordagens metodológicas, impactando de forma ainda mais positiva o trabalho realizado pela escola”.

A prova é depois dada no mundo do trabalho. Como explica o académico, e embora a Nova SBE ainda esteja numa fase inicial de recolha de informação, no que concerne à formação para executivos, existem resultados promissores. E exemplifica: “No Promova, um programa de desenvolvimento de competências para mulheres em posições de liderança, a percentagem de participantes que assumiram posições mais seniores na sua organização foi superior a 40% nos seis meses seguintes”.

O objetivo destas formações passa por apoiar os participantes no desenvolvimento de competências que lhes permitam progredir profissionalmente nas suas organizações, mantendo a sua competitividade e relevância no mercado, explica Pedro Brito. Futuramente, a Nova SBE vai aumentar a oferta dos cerca de 65 cursos abertos para executivos. “Sobretudo porque iremos oferecer aos participantes a possibilidade de desenharem a sua jornada formativa, dentro de alguns parâmetros definidos pelo corpo docente”, frisa o responsável da Nova SBE.

Pedro Brito faz também questão de destacar a prestação das outras escolas nacionais e que marcam presença no ranking do Financial Times. “Considero que existe uma oportunidade única de se criar um cluster de educação em Portugal, focado no posicionamento do país no mundo, tirando partido de potenciais sinergias relacionadas com investimentos comuns, e que promova um movimento de melhoria da competitividade das empresas através de ensino de qualidade”, sublinha.

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