O académico Rogério Miguel Puga lança este ano, com o cunho da Fundação Macau, o livro “To the Farthest Gulf for the Wealth of India – Representações de Macau no Peabody Essex Museum (Salem)”, que revela fotografias, diários, objectos e quadros de americanos que viveram em Macau no século XIX, então símbolo de negócio, ostentação e riqueza
Salem, cidade norte-americana do estado do Massachusetts, é conhecida do imaginário de todos pelas “bruxas de Salem”, mas a verdade é que no museu Peabody Essex da cidade perduram objectos, quadros, fotografias e escritos que constituem representações do que Macau foi no século XIX: um rico interposto comercial que acolhia todos os estrangeiros e portugueses que ambicionavam fazer negócio com a China. De Salem, partiam famílias norte-americanas para explorar as oportunidades de comércio, vivendo em Macau por um período de tempo. Já nos EUA, mostravam às famílias o pitoresco território onde viveram e as vivências culturais que experienciaram, embora muitas destas pessoas, de religião protestante, tenham falecido em Macau e sido sepultadas no cemitério protestante junto ao jardim Luís de Camões.
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