Para conhecer na totalidade o conceito de naturalismo, só pôde entre quem não se recursou a tirar a roupa.
O museu de arte contemporânea de Lyon, em França, abriu as portas na noite da passada quinta-feira para os visitantes que quiseram aderir ao naturalismo. Para ver a exposição sobre o corpo humano, deixar as malas, casacos, camisolas, t-shirts e até roupa interior foi um critério a cumprir.
Após a visita à exposição montada com o objetivodedesconstruir a citação filósofo, físico e matemático francêsRené Descartes “penso, logo existo”, seguiu-se um momento de convivio para debater a experiência.
Segundo Frédéric Martin, presidente da Federação francesa de naturismo de Rhône-Alpes, o intuito desta exposição de 90 minutos foi aproximar as pessoas de “ uma abordagem igual à do modelo naturalista” num ambiente que por base, não o é. “ E é verdade que nos misturamos na exposição. É interessante porque não nos sentimos assim quando estamos vestidos”, refere.
Para Eric, é uma oportunidade de praticar naturismo noutro ambiente. “Há um desejo de leveza, de fazer algo fora do comum”, explica o naturalista.
Para que isto fosse possível, o museu adaptou a sua organização e pensou em “percursos específicos para que os visitantes não fossem vistos do exterior”, explica Isabelle Bertolotti, diretora do museu.