“O ministro das Infraestruturas apresentou hoje o seu pedido de demissão, invocando razões de peso relacionadas com a percepção dos cidadãos quanto às instituições políticas. O primeiro-ministro, a quem compete submeter esse pedido ao presidente da República, entendeu não o fazer, por uma questão de consciência, apesar da situação que considerou deplorável”, pode ler-se em nota da Presidência publicada esta terça-feira.
O comunicado adianta que o chefe de Estado, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, “discorda da posição” de Costa “quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
A posição do presidente da República é divulgada momentos depois de o primeiro-ministro ter anunciado que não aceita o pedido de demissão de Galamba, considerando-o um “gesto nobre” que, “em consciência”, não pode validar.
“Tenho o entendimento de que o ministro das Infraestruturas não procurou, de forma alguma, ocultar qualquer informação à comissão parlamentar de inquérito (CPI) da TAP. Pelo contrário, o facto que determinou a sua decisão de demitir um colaborador [o ex-adjunto Frederico Pinheiro] foi a suspeita de que esse colaborador estava a ocultar informação que era solicitada pela CPI”, referiu.
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