O Centro de Serviços da Casa dos Trabalhadores da Indústria do Jogo recebeu quatro pedidos de ajuda de funcionários dos casinos relacionados com casos de distúrbios do vício do jogo desde o início de 2023.
Entre Janeiro e Março registaram-se quatro casos de distúrbios do vício do jogo entre funcionários dos casinos. Este número coincide com o fim das restrições impostas nos três anos da pandemia de COVID-19 e o aumento de turistas e jogadores nos casinos do território, desde o início deste ano.
Os dados foram avançados à TDM-Rádio Macau por Pak Kin Pong, director do centro de serviços da Casa dos Trabalhadores da Indústria do Jogo, organização que aposta no “jogo responsável” e apoia funcionários do sector que se viciam no jogo.
“De Janeiro a Março de 2023 há registo de quatro casos. Há uma tendência descendente destes casos nos últimos seis anos. Por outro lado, 2,5 por cento dos residentes da RAEM apresentavam distúrbios do vício do jogo em 2016, percentagem que caiu para 0,8 por cento em 2019. Três anos depois, em 2022, já sob o efeito da pandemia, essa percentagem voltou a cair, fixando-se nos 0,45 por cento. Observa-se que os números foram decrescendo gradualmente”, disse Pak Kin Pong.
Além da pandemia, o responsável apontou ainda outros factores que levaram à redução de casos de distúrbios do vício do jogo, nomeadamente uma nova lei a proibir os funcionários das concessinárias de entrar nos casinos para jogar e acções de formação desenvolvidas pelas operadores nos últimos anos junto dos funcionários sobre “jogo responsável”.
Pak Kin Pong reconhece que onde há jogo, há sempre pessoas com o vício do jogo. E que muitos dos que jogam, sobretudo vindos do exterior, nunca ouviram falar de “jogo responsável”.
Por último, Pak Kin Pong defende que uma das soluções para reduzir os riscos de mais casos passa por aumentar as acções de divulgação sobre “jogo responsável”, quer da parte das entidades oficiais, quer das operadoras.
