João Lourenço, que discursava na abertura do IX Conselho Consultivo do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), presenciado pelos chefes das missões diplomáticas angolanas, sublinhou que o potencial agrícola do país além-fronteiras pode contribuir, nesta fase em que o mundo observa uma crise alimentar, como resultado do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, para a redução do déficit e aumentar a produção de alimentos nacionais a serem exportados.
Lembrou que foi com base no espírito da atracção de investidores para as várias áreas da economia nacional que o Executivo levou a cabo, nos últimos anos, uma actividade diplomática com o objectivo de difundir a mensagem de Angola no exterior e sensibilizar Governos, entidades públicas em matéria de cooperação, os empresários e potenciais investidores, com vista a mobilização de financiamentos, investimento privado, reforço da cooperação e parcerias, bem como reposicionar o país no contexto de África e do mundo.
O Presidente esclareceu que este esforço se enquadra na estratégia de promoção do desenvolvimento económico e social do país, através da captação do investimento estrangeiro directo na economia nacional, por via do qual se pretende diversificar a economia, aumentar a produção interna de bens e de serviços, aumentar as exportações, criar mais emprego e melhorar as condições de vida das populações.
“Apesar da pandemia da Covid-19 ter limitado, durante cerca de dois anos, os resultados que pretendíamos alcançar, sentimos, agora, que, pouco a pouco, os nossos parceiros internacionais têm focalizado as atenções no nosso mercado, na sequência da melhoria significativa do ambiente de negócios que hoje é mais favorável ao investimento privado”, realçou.
De modo a dar continuidade a esses esforços, o Presidente da República disse ser necessário que as missões diplomáticas e consulares prestem uma atenção particular à diplomacia económica, divulgando, de forma direccionada, alvos concretos, as grandes potencialidades económicas do país, como a legislação aprovada nos últimos anos, para remover ou diminuir a burocracia e outros entraves, o combate que se vem travando contra a corrupção e a impunidade, o programa de privatização de “importantes” activos do Estado, por via de concurso público, e outras medidas já assumidas e que estão a dar resultados positivos.
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