Dois meses depois de visitar Joe Biden em Washington, Lula da Silva encontra-se com Xi Jinping em Pequim e Xangai, de terça-feira, dia 11, a sábado, 15. O encontro, além de vasta agenda económica, prevê discussões sobre a guerra na Ucrânia, o momento dos BRICS, bloco que inclui os dois países, a Rússia, a Índia e a África do Sul, e marca o regresso da diplomacia brasileira ao diálogo, em pé de aparente igualdade, com as duas maiores potências mundiais do momento, os EUA e a China.
“Um dos temas da visita é o desenvolvimento, que envolve tecnologia, mudança do clima, transição energética e o combate à fome, e será um momento em que o Brasil e a China também falam para o mundo”, resumiu Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, como é chamado o ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O secretário afirmou ainda que há 20 acordos prontos para assinatura entre os dois países, na saúde, na agricultura, na educação, nas finanças, na indústria, na ciência e na tecnologia, entre os quais o do lançamento do Cbers-6, primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra.
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O foco do encontro na economia é sublinhado pela presença de 240 empresários brasileiros, 90 dos quais da área da agricultura, na comitiva de Lula, além de ministros e parlamentares. “O superávit comercial que o Brasil obtém nas exportações para a China é absolutamente crucial para equilibrar a balança de transações correntes do Brasil, cronicamente deficitária”, notou o diplomata Paulo Roberto de Almeida ao jornal Correio Braziliense.
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