Coreia do Norte dispara míssil balístico

por Viviana Chan
AFP

A Coreia do Norte disparou, nesta segunda-feira (noite de domingo, 26, no Brasil), pelo menos um míssil balístico, no mais recente de uma série de testes com armamentos nas últimas semanas, informaram as forças armadas sul-coreanas.

“A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado” na direção do Mar do Japão, informou o estado-maior conjunto de Seul.

O ministério da Defesa japonês também informou que “um suposto míssil balístico foi disparado” e sua guarda costeira disse acreditar que havia caído.

O lançamento ocorreu dias depois de Seul e Washington terem concluído, na quinta-feira, seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos.

Pyongyang considera que estas manobras são um ensaio de invasão e declarou, na sexta-feira, que os exercícios recentes, denominados Escudo de Liberdade, foram um treinamento para “ocupar” a Coreia do Norte.

Pyongyang realizou exercícios militares próprios, incluindo o segundo lançamento do ano de um míssil balístico intercontinental e o teste de um drone submarino de ataque nuclear.

A imprensa estatal norte-coreana reportou na sexta-feira que o teste com o “drone submarino de ataque nuclear”, supervisionado pessoalmente pelo líder Kim Jong Un, foi realizado para “alertar o inimigo de uma verdadeira cise nuclear”.

A missão do drone é “se infiltrar sigilosamente em águas operacionais e provocar um tsunami radioativo de grande escala (…) para destruir frotas ofensivas e portos operacionais importantes do inimigo”, reportou a agência de notícias oficial KCNA.

A KCNA havia informado na quarta-feira que Pyongyang disparou mísseis de cruzeiro estratégicos, “equipados com uma ogiva de testes que simulava uma ogiva nuclear”.

Potência nuclear

Analistas questionam as afirmações norte-coreanas, ao ressaltar que não tiveram demonstrações confiáveis de capacidade.

Mas acrescentaram que Pyongyang está avançando de simplesmente armazenar ogivas nucleares a tentar diversificar seus meios de lançamento.

Após um ano recorde de testes com armas e crescentes ameaças nucleares de Pyongyang em 2022, Seul e Washington intensificaram sua cooperação na área da segurança.

As ações norte-coreanas também levaram a Coreia do Sul e o Japão a se reaproximarem, após tensões que marcaram suas relações devido a disputas históricas, com vistas a estreitar sua cooperação de segurança.

A Coreia do Norte se proclamou no ano passado uma potência nuclear “irreversível” e o líder Kim Jong Un pediu recentemente um aumento “exponencial” na produção de armas, inclusive as de tipo nuclear táctico.

Kim também ordenou semanas atrás que as forças armadas norte-coreanas intensificassem os preparativos para uma “guerra real”.

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