A presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), Diana Gomes, manifestou-se esta quarta-feira a favor da presença de russos e bielorrussos em Paris2024, apesar do “nó no estômago” quando pensa na situação dos ucranianos.
“Em relação aos nossos atletas, e às entidades que representam as CAO dos vários países, a maioria é favorável à decisão do Comité Olímpico Internacional (COI). Em Portugal, há vozes de revolta mais com a guerra, não pelo regresso dos desportistas à competição. A maioria é favorável à decisão de que o desporto é ferramenta de apelo à paz, como o foi na criação dos Jogos”, revelou a dirigente, em declarações à Lusa.
O COI tem revelado “abertura” para a reintegração de russos e bielorrussos, mediante um conjunto de condições, entre as quais a de competirem sob bandeira neutra e sem qualquer símbolo dos seus países, bem como não terem apoiado a guerra, situação que tem sido fortemente criticada pela Ucrânia, que acusa o organismo de “hipocrisia” e ameaçou mesmo boicotar o evento.
“Posso tentar colocar-me no lugar deles em que eventualmente não concordam com a guerra (…) e veem as suas carreiras prejudicadas. Agora estarão realmente muito satisfeitos por ver o seu hipotético regresso, a luz ao fundo do túnel para voltarem às suas carreiras e alta performance”, disse Diana Gomes, confiante de que “a grande maioria” dos atualmente impedidos está contra a guerra.
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