Início Opinião China-Angola celebram o 40º aniversário das relações diplomáticas

China-Angola celebram o 40º aniversário das relações diplomáticas

Gong TaoGong Tao*

No dia 12 de Janeiro de 1983, a China e Angola estabeleceram relações diplomáticas, abrindo um novo capítulo na história da amizade tradicional entre os dois países.

Nestes 40 anos, independentemente das mudanças das situações internacionais e internas, a China e Angola sempre estiveram unidas na assistência mútua, e alcançaram resultados importantes no intercâmbio e cooperação em vários domínios, configurando vários exemplos em termos de cooperação.

Nos últimos 40 anos, estabelecemos um exemplo para a cooperação Sul-Sul. A profunda amizade entre a China e Angola estava em consonância com a luta dos dois povos pela independência e libertação nacional, fazendo-nos bons parceiros e irmãos.

Sempre nos apoiámos mutuamente na escolha de próprias vias de desenvolvimento, que correspondem às nossas condições nacionais. Compreendemos e apoiámo-nos reciprocamente nas questões que envolvem os interesses fundamentais e as principais preocupações uns dos outros, salvaguardámos conjuntamente o sistema internacional com a ONU no seu núcleo e apoiámos o multilateralismo genuíno.

Mantivemos uma estreita coordenação e cooperação nos assuntos internacionais e regionais e salvaguardámos a equidade e justiça internacionais e os interesses comuns dos países em desenvolvimento, fazendo contributos não só para a solidariedade e cooperação entre países em desenvolvimento, mas também a prosperidade e estabilidade do mundo. Na sua cooperação com Angola, a China sempre insistiu no respeito mútuo e na igualdade, nunca adicionou nenhuma condição política à sua cooperação e nunca interferiu nos assuntos internos de Angola.

Sob o impulso da cooperação China-Angola, cada vez mais países estão a prestar mais atenção a Angola e têm reforçado a sua cooperação com o país. Como bom amigo de Angola, a China está sinceramente satisfeita com isto.

Nos últimos 40 anos, estabelecemos um exemplo para a cooperação de benefício mútuo China-África. A cooperação pragmática China-Angola foi desenvolvida e consolidada constantemente, formando uma excelente convergência de interesses. Criámos um novo modelo de cooperação de financiamento.

Construímos uma importante plataforma de cooperação: o Fórum de Cooperação China-África. Aprofundámos a cooperação no quadro da Iniciativa “Cinturão e Rota”. Até hoje, as empresas chinesas construíram em Angola por volta de 3,000 km de caminho de ferro, 20,000 km de estrada, 100,000 fogos de habitação social, 100 escolas, 50 hospitais, e muito mais.

As obras concluídas e ainda em execução incluem Barragem de Caculo Cabaça, Novo Aeroporto Internacional de Luanda, as Novas Cidades de Kilamba Kiaxi e de Dundo, Caminho de Ferro de Benguela, Central Térmica do Soyo, etc. Um grande número de empresas chinesas fizeram investimento em Angola, dando um importante contributo para a diversificação e industrialização da economia. As forças armadas dos dois países têm mantido intercâmbio, e cooperaram nos domínios do equipamento e tecnologia militar. Os dois países realizaram também a cooperação policial, tendo as duas partes aprofundado cada vez mais intercâmbio pessoal e formação profissional.

Até à data, a China tem sido o maior parceiro comercial de Angola, o maior mercado de exportação e uma importante fonte de investimento durante muitos anos. Enquanto Angola é o segundo maior parceiro comercial e o maior exportador do petróleo da China em África. A cooperação China-Angola está na vanguarda da cooperação China-África.

Nos últimos 40 anos, estabelecemos um exemplo de amizade entre os povos chinês e africano. A China tem apoiado activamente o desenvolvimento de Angola e fornecido assistência através de vários projectos de doação, tais como o CINFOTEC Huambo, o Hospital Geral de Luanda, o Centro de Demonstração de Tecnologias Agrícolas no Mazozo, e a Academia Diplomática Venâncio de Moura.

De acordo com as necessidades da parte angolana, a China organizou formações para mais de 3,000 funcionários angolanos nos campos de comércio, agricultura, saúde, comunicação social e polícia; enviou cinco equipas médica, compostas por 70 médicos, que receberam quase 400 mil pacientes angolanos; forneceu centenas de bolsas de estudo para os estudantes angolanos, e ajudou a formar talentos angolanos em várias indústrias.

Perante a pandemia da COVID-19, os dois países têm persistido na solidariedade e apoios mútuos, e têm levado a cabo uma série de cooperação frutífera nas áreas de vacinas, testes, e aquisição de materiais de prevenção de pandemia, promovendo a cooperação sanitária como um novo ponto alto da cooperação bilateral.

As empresas chinesas em Angola estão a cumprir activamente as suas responsabilidades sociais, e várias câmaras de comércio e da comunidade chinesa estavam entusiasmados com a caridade e continuam a retribuir à sociedade angolana através de doações de caridade, bolsas de estudo e projectos de alívio da pobreza.

O Instituto Confúcio da Universidade Agostinho Neto e outras instituições de ensino de língua chinesa deram azo à cooperação sino-angolana, cada vez mais filmes e produtos culturais chineses e grupos de espetáculo entraram em Angola, e as obras literárias dos escritores angolanos foram traduzidas na China, ajudando os povos de ambos os países a compreender melhor a história e cultura um do outro.

O grande filósofo chinês Confúcio disse, “aos quarenta anos não tem dúvidas”.

Isso significa que uma pessoa, quando chega aos quarenta anos, já tem a sua compreensão da vida, e não pode ser confundida e abalada por influências externas. Após 40 anos, as relações sino-angolanas já se tornaram uma escolha estratégica de ambos os países, mais maduras e mais resolutas.

Acreditamos que, sob a liderança dos dois chefes de Estado e com os esforços conjuntos dos dois governos e povos, as relações bilaterais entre a China e Angola continuarão a crescer de forma constante e com vigor, inaugurando um futuro ainda melhor.

*Embaixador chinês em Angola

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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