Seis concessionárias de jogo a operar em Macau mantêm licença

por Viviana Chan
Lusa - Macau

O Governo anunciou no Sábado a atribuição de licença provisória de jogo às seis operadoras presentes em Macau, deixando de fora a nova concorrente “sem experiência de exploração de jogo” no território.

MGM Grand Paradise, Galaxy Casino, Venetian Macau, Melco Resorts (Macau), Wynn Resorts (Macau) e SJM Resorts viram as propostas aprovadas.

De acordo com o presidente da comissão do concurso público para a atribuição de concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar, André Cheong, as candidatas escolhidas “oferecem compromissos e condições mais vantajosas para assegurar o emprego local, abrir mais fontes de clientes e visitantes e permitir a exploração de elementos não-jogo, correspondendo aos objetivos do Governo”.

André Cheong não quis revelar a razão que deixou o grupo Genting (GMM) de fora, realçando apenas que a empresa foi “estabelecida muito recentemente em Macau” e que “apesar de não ter experiência de exploração do jogo em Macau”, teve uma “atitude pró-ativa” na participação do concurso público.

Quanto à possibilidade de a GMM se associar a outra concessionária, o também secretário para a Administração e Justiça afirmou que essa é “uma situação hipotética”.

A adjudicação definitiva e a celebração dos contratos vão ser finalizados no próximo mês.

Em setembro, o Governo de Macau anunciou ter recebido sete propostas para o concurso público para a atribuição de seis licenças de exploração de jogos em casino, por um prazo de dez anos, estando previsto que as novas licenças entrem em vigor a 01 de janeiro de 2023.

Seis candidaturas foram apresentadas pelas atuais operadoras de jogo em casino em Macau e a sétima foi a do grupo malaio GMM, que opera casinos em Singapura, Malásia, Reino Unido e Estados Unidos.

Cada um dos concorrentes teve de pagar uma caução de pelo menos 10 milhões de patacas (1,22 milhões de euros) para apresentar as propostas a concurso, aberto no final de julho.

Desde o início da pandemia, as operadoras em Macau, que segue uma política “zero covid-19”, têm acumulado prejuízos sem precedentes devido à queda do número de visitantes, sobretudo da China, na sequência de vários surtos no território e no continente e da imposição de medidas de prevenção e controlo da doença, incluindo o encerramento dos casinos.

O Governo da cidade tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

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