Hipótese de a NATO ser arrastada para o conflito esfumou-se com as indicações de que o projétil que matou duas pessoas na Polónia terá sido disparado pela defesa aérea ucraniana. O presidente do país alvo da ocupação russa mantém versão que responsabiliza Moscovo.
A Ucrânia tinha acabado de receber o maior ataque de mísseis de cruzeiro desde o início da guerra, no aprofundar de um padrão que visa sobretudo as infraestruturas de energia – milhões de ucranianos e moldavos ficaram às escuras -, quando se soube de uma explosão em Przewodów, no leste da Polónia, que causou a morte a duas pessoas.
O governo chefiado por Mateusz Morawiecki reuniu-se de emergência, bem como o conselho de segurança nacional, e enquanto as autoridades polacas se articulavam com a NATO, a suspeita de que um míssil tinha disparado pela Rússia para território da Aliança Atlântica foi tratada inicialmente por alguns países, Ucrânia incluída, quase como um facto adquirido.
A realidade – pelo menos assim indicam os dados preliminares – aponta antes para que tenha sido um projétil disparado pelas forças ucranianas para derrubar um míssil russo. No entanto, apesar da precipitação na interpretação do incidente, Kiev insiste na tese de que foram os russos, deixando o presidente Volodymyr Zelensky isolado pela primeira vez, e ao mesmo tempo secundarizando as consequências do ataque que a Ucrânia sofreu.
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