Lula da Silva é o novo Presidente do Brasil, sendo empossado em janeiro de 2023. Ao contrário das sondagens, tanto no primeiro como no segundo turno, a eleição foi mais renhida do que o esperado, com 50,9 por cento para o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) e 49,1 por cento para Jair Bolsonaro, atual Presidente.
Aliás, em termos de regiões, Lula da Silva venceu apenas no Nordeste do país, com uma vitória folgada que acabou por lhe dar a tão desejada vitória. Historicamente, aliás, os candidatos à presidência do PT triunfam quase sempre no Nordeste com percentagens altas.
Neste ano, voltou a confirmar-se, com Lula a obter 69,34 por cento dos votos válidos, contra 30,66 por cento de Bolsonaro. No entanto, nas restantes regiões foi tudo bastante diferente.
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A sul, Bolsonaro obteve o seu melhor desempenho, com 61,84 por cento dos votos válidos, em oposição aos 38,16 por cento de Lula.
Já a Norte registou-se a disputa mais renhida deste segundo turno: o atual presidente ficou à frente, mas por pouco, com 51,03 por cento, contra 48,97 por cento de Lula.
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No Sudeste, o PT vinha a cair nas últimas eleições presidenciais, mas Lula da Silva conseguiu um dos melhores resultados, com 45,7 por cento, contra 54,26 por cento de Bolsonaro.
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Já no Centro-Oeste, o ainda líder do país venceu com margem folgada, concretamente 60,21 por cento, em oposição aos 39,79 por cento de Lula da Silva, o pior desempenho do PT na região nos últimos 20 anos.
A BATER RECORDES
Apesar de não ter vingado em todas as regiões, a verdade é que Lula da Silva tornou-se no último domingo o Presidente mais votado de sempre na história das eleições brasileiras, com 60,3 milhões de votos, naquela que também foi a luta mais renhida pelo poder desde 1985, desde a redemocratização do Brasil.
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Lula da Silva, esse, que viu Jair Bolsonaro bater também o seu recorde de votos (58,2 milhões) promete governar para todos, mesmo os que não o queriam na liderança do Brasil.
“Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”, referiu o novo Presidente do Brasil.
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“A partir de 1 de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somo um único país, um único povo, uma grande nação”, revelou o candidato vencedor.
Por sua vez, Jair Bolsonaro, que só reagiu dois dias após a eleição, promete ceder a liderança, mas garantiu que o seu “sonho continuará vivo”. “Sempre fui rotulado como anti-democrático, mas sempre joguei dentro das quatro linhas. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade económica, a liberdade de religião, a honestidade e as cores da bandeira”, referiu.