Rússia deixa 40% de Kiev sem água

por Gonçalo Lopes

A Rússia quer o compromisso da Ucrânia de que não vai usar os corredores para a exportação de cereais no mar Negro com objetivos militares, depois ter suspendido o envolvimento no acordo negociado com a mediação da Turquia e das Nações Unidas devido a um ataque à sua frota na Crimeia. Os EUA consideram a exigência russa uma “extorsão e punição coletiva” para os que dependem dos cereais. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comprometeu-se após falar com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a cumprir a sua parte do acordo e continuar a ser “garante da segurança alimentar” global.

A decisão da Rússia de deixar cair o acordo foi tomada no sábado, após o que disse ter sido um ataque massivo contra a sua frota com “drones marítimos” – que teriam sido lançados a partir de um navio que transportava cereais ucranianos. Kiev fala num “falso pretexto”. Esta segunda-feira, os navios com cereais continuavam a usar o corredor marítimo que foi criado para permitir a sua exportação, mas o Kremlin avisou que será “perigoso” continuar a aplicar o acordo sem o envolvimento de Moscovo.

“Sob as condições atuais, não pode haver dúvida de garantir a segurança de qualquer objeto na área até o lado ucraniano aceitar obrigações adicionais de não usar esta rota com objetivos militares”, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado. E pede à ONU que “obtenha garantias da Ucrânia de que não vão usar os corredores humanitários e os portos ucranianos designados para a exportação de produtos agrícolas em atos hostis contra a Rússia”.

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