Eleições: Luzes apagadas no Palácio da Alvorada e Bolsonaro em silêncio

por Filipa Rodrigues
Lusa

As luzes do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil, desligaram-se, com o chefe de Estado lá dentro, sem ter prestado quaisquer declarações aos apoiantes, que começam a desmobilizar

Por volta das 21:30 (00:30 em Lisboa), a campanha de Bolsonaro subiu ao trio elétrico [carrinha aberta] instalado no centro da Esplanada dos Ministérios, onde se concentram as sedes dos três poderes brasileiros, e pediu aos apoiantes para desmobilizarem.

Antes, neste mesmo local, os apoiantes de Bolsonaro quando se aperceberam que a derrota já não ia fugir, começaram a fazer orações para que o resultado, ‘por milagre’, ainda se alterasse.

A poucos quilómetros de distância, no Palácio da Alvorada, as luzes foram apagadas e os assessores da Presidência deixaram o local de imprensa sem dizer se Bolsonaro iria falar aos jornalistas.

Duas dezenas de apoiantes aguardavam ingloriamente a vinda de Jair Messias Bolsonaro, ao som de ‘mito’ e de alguns fogos de artificio, na expectativa de acordar um Presidente num palácio de luzes apagadas.

Os mais proeminentes apoiantes de Bolsonaro, como o ex-juiz Sérgio Moro, a ex-ministra e nova senadora Damares, ou mesmo o presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira, apressaram-se a reconhecer e a aceitar a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores e antigo chefe de Estado brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, abandonando assim os mais fervorosos apoiantes do Presidente brasileiro.

Desconhece-se ainda se Bolsonaro vai reconhecer, ou não, o resultado das presidenciais e quais serão os seus próximos passos.

Luiz Inácio Lula da Silva, de 77 anos, foi eleito no domingo Presidente do Brasil, com 50,90% dos votos, derrotando Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%, quando estavam contadas 99,93% das secções eleitorais.

Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa assim ao Palácio do Planalto.

O antigo sindicalista terá como vice-Presidente Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que já havia sido seu opositor nas eleições presidenciais de 2006, então pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!