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Projeto Coral Sul “vai pôr Moçambique no mapa do gás natural liquefeito”, diz CEO da Galp

Andy Brown falava num vídeo, a propósito dos resultados do terceiro trimestre e dos primeiros nove meses do ano da petrolífera portuguesa.

O CEO da Galp, Andy Brown
O CEO da Galp, Andy Brown

O presidente executivo da Galp considerou esta segunda-feira que o projeto Coral Sul, em Moçambique, vai colocar aquele país “no mapa do gás natural liquefeito, como um importante fornecedor mundial”, complementando os EUA e o Qatar.

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“[O projeto] Coral Sul vai pôr Moçambique no mapa do LNG [gás natural liquefeito] como um importante fornecedor mundial. O LNG continua a ser uma parte crucial no fornecimento de energia, agora e no futuro, e Moçambique vai ter um papel central, complementando os Estados Unidos e o Qatar”, afirmou Andy Brown, num vídeo gravado a propósito dos resultados do terceiro trimestre e dos primeiros nove meses do ano da petrolífera portuguesa.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, fala com os jornalistas após um encontro com o presidente executivo da empresa Totalenergies, Patrick Pouyanné (ausente na foto), no edifício da Presidência da República em Maputo, Moçambique, 31 de janeiro de 2022, A Totalenergies pretende retomar este ano o projeto de gás natural em Cabo Delgado, norte de Moçambique, suspenso em março de 2021 após um ataque armado, disse hoje o presidente executivo da empresa.

O projeto Coral Sul consiste na construção de uma unidade flutuante para a liquefação de gás natural (FLNG), tratando-se do primeiro projeto de desenvolvimento relacionado com as descobertas realizadas na Área 4 na bacia do Rovuma, em Moçambique.

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio para o desenvolvimento da Área 4.

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A Eni é a operadora com uma participação indireta de 50%, através da Eni East Africa, a qual detém uma participação de 70% na Área 4.

A Kogas e a ENH detêm uma participação de 10% cada no projeto, enquanto a China National Petroleum Corporation (CNPC) detém uma participação indireta de 20% através da Eni East Africa.

No mesmo vídeo, Andy Brown reiterou que a empresa está a encontrar fontes alternativas e competitivas de gás natural, embora ainda não se conheça o impacto das inundações na Nigéria relativamente às entregas contratualizadas.

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“Embora ainda seja incerto qual poderá ser o impacto deste evento [inundações na Nigéria], tendo pré-vendido os volumes, estamos ativamente a encontrar fontes alternativas competitivas de gás”, afirmou o presidente executivo que deixa o cargo no no final do ano.

Na semana passada, a Galp informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de que tinha recebido da Nigéria GNL, principal fornecedor nacional de gás natural, “um aviso de força maior baseado nas inundações alargadas que estão a ser vividas na Nigéria, causando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito”.

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Andy Brown disse, no entanto, esperar “que o fornecimento de gás e as contribuições comerciais para 2023 melhorem significativamente”.

A Galp reportou hoje um lucro de 608 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 86% face ao mesmo período do ano passado, e de 187 milhões no terceiro trimestre, mais 16%.

“Estou confiante que a viagem que percorremos para juntos regenerarmos o futuro vai continuar a dar resultados fortes e que a qualidade da equipa e dos ativos da Galp vai permitir-nos crescer, liderando o setor na transição energética. Tem sido um privilégio fazer parte desta jornada como CEO da Galp”, rematou Andy Brown.

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