O Conselho Executivo concluiu a discussão da proposta de lei intitulada Regime jurídico da criação e emissão monetária. O diploma em vigor tem mais de 27 anos e, como tal, surge a necessidade de melhor o articular com o ambiente económico e enquadramento jurídico presente no Interior da China e em Hong Kong.
Mais um passo na aproximação destas diferentes jurisdições, sendo que desta vez a boa nova é a introdução da moeda digital em Macau, com o apoio do Banco Central chinês.
Na China continental, 15 províncias e municípios serviram de áreas piloto para as transações em yuan digital. Até final de agosto, foram feitas 360 milhões de transações no valor de 100 mil milhões de renminbis, segundo o Banco Central chinês.
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É hora de entrar no comboio e proporcionar mais uma zona piloto. Mas Macau é especial e o tumulto nos media não tardou a aparecer. Em causa está, como sempre, o impacto que terá na indústria do jogo. A China tem algum receio de interferir com a autonomia de Macau, mas deteta-se a sua presença.
O Titanic do jogo bateu contra o icebergue de Pequim e o gelo foi colocado na fronteira. Macau resolveu arrumar a casa; cede à pressão pelas duas décadas de usufruto numa zona cinzenta que ainda hoje juristas dizem não ter mudado de cor.
Muitas alíneas redigidas na nova lei do jogo foram no sentido de apaziguar o clima.
Anunciando a moeda digital, mistura-se o baralho: Monitorizar a indústria e seus intervenientes é a conta que Pequim não se importa de discutir. Macau também não, se o objetivo é mesmo apostar no mercado de massas.
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Um volte-face no posicionamento da China perante o jogo nunca esteve em causa.
Não havia era opções.
O diretor do Banco Central parecia estar a pensar em Macau quando no ano passado sugeriu que a criptomoeda estatal seria um bom método de combate ao crime e lavagem de dinheiro.
*Diretor-Executivo do PLATAFORMA
