Ucrânia em “situação crítica” após bombardeamento de centrais elétricas

por Gonçalo Lopes

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou ontem no Twitter que os ataques russos dos últimos dias destruíram 30% das centrais elétricas da Ucrânia, com as autoridades a contabilizar mais de mil localidades sem energia. “A situação é crítica em todo o país. É necessário que todos se preparem para faltas de luz, água e aquecimento”, avisou na televisão estatal o número dois do gabinete do presidente, Kyrylo Tymoshenko.

Os ataques começaram no dia 10, em resposta à explosão que danificou parte da ponte da Crimeia e que Moscovo atribuiu aos serviços secretos ucranianos. Ontem, os ataques às primeiras horas da madrugada atingiram Kiev, Kharkiv, Mykolayv, Dnipro e Zhytomyr. Segundo as autoridades, os mais de 190 ataques com mísseis, drones kamikaze (são de utilização única, carregando uma carga explosiva que é detonada com o impacto) e artilharia em 16 regiões da Ucrânia e na capital causaram a morte de mais de 70 pessoas e atingiram 380 edifícios, incluindo “infraestruturas críticas”, deixando 1162 localidades sem luz.

Zelensky apelida os ataques repetidos a infraestruturas de energia como “outro tipo de ataque terrorista russo”, defendendo que “não há espaço para negociar com o regime de Putin”. Já o seu conselheiro, Mykhailo Podolyak, alegou que “a Rússia odeia a civilização moderna e quer criar uma zona de frio, fome e barbárie”, daí que “sistematicamente tente destruir as infraestruturas da Ucrânia ao atacar as cidades e os civis”. Este responsável defende que a solução passa por mais meios de defesa aéreos, que Kiev tem pedido aos aliados ocidentais.

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